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domingo, 31 de dezembro de 2023

ADEUS 2023

Esse é um daqueles posts agendados pra soltar em um dia X em que eu escrevo no dia Y.

Depois de um ano bost* eu não estava animada para escrever e ainda não estou. Obrigação? Não, eu quero voltar aqui um dia e reler, o que foi esse ano meu Deus?!

Não foi um ano bom, como já mencionei em outros textos, estamos passando momentos delicados desde metade do ano passado, a minha teoria é que uma hora essa urucubaca passa, afinal tudo que tinha que dar errado já deu, agora é só subida do poço, o fundo já alcançamos.

Mas então por que escrever? Porque apesar de tudo tudo foi superado e no final tudo está acabando bem. Foi só uma sucessão de coisas ruins, só espero que por tão próximo não aconteça mais nada, parece que a vida me deu uma trégua.

Não sei do que esperar para o próximo ano, não estou criando expectativas, minha vida esse ano se dividiu antes e depois do acidente. Antes eu tinha planos e alguns objetivos pra esse ano, eram profissionais, não serão mais possíveis. Então não sei mesmo, uma enorme interrogação na minha vida.

Eu só tenho esperanças, como sempre. E que venha 2024, ano par.. e que a palavra para o próximo ano seja SORTE. 


segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

...

Desde que coloquei "limites" no celular da Lígia, muita coisa aconteceu de lá pra cá, ainda em adaptação, já troquei de aplicativo, já confisquei o celular por semanas, mas em geral é algo positivo. 

Hoje ela espalhada no sofá, depois de fazer tudo que foi proposto, com o celular "semi liberado", pois alguns aplicativos eu controlo o tempo, por que senão ela passava o dia vendo video inútil. Agora ela tem se interessado por jogos de caças palavras, esses são liberados.

Eu fazendo algumas coisas na cozinha e ela grita: "-Ohhh manheee, quem é a esposa do Popeie". Eu fiquei pensativa, nunca ouvi falar nesse tal de "Popeie". Resolvi ir olhar no celular pra ajudar a desvendar o mistério. 

Eu quase desfaleci de tanto rir, o misterioso "Popeie" é o Popeye (Popai). Tadinha, ela não tem culpa, não é da geração dela, seleciono um desenho de época e mostro, conto um pouco da história.  Ela ficou satisfeita,  também sou cultura.

É em momentos assim que eu ainda encontro motivos pra sorrir.

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Dois momentos

Prometi não chorar, mas não teve jeito, eu criei expectativas e me enchi de esperanças.  Chorei feito criança na frente do médico,  que deixou a carranca e estupidez de lado pra me acalmar.

Fiquei com sequela, que a cirurgia pouco pode resolver, a única coisa que eu pensava enquanto ele falava era "mmmm...eu só tenho 41 anos". Limitada foi a palavra que gritava na minha mente.

Nunca fui atleta, mas senti falta das coisas que não fiz ou irei deixar de fazer. Como ele diz, a minha sequela só me atrapalha na amplitude do movimento, na rotação.  Perdi cerca de metade da minha capacidade e pra dor? Um analgesico comum segundo ele.

Longos e longos suspiros. Não é o fim do mundo, ainda tenho os 2 braços, quem olha aparentam ser perfeitos, mas justo meu braço direito? É o que me dói,  eu sentia que estava estranho, eu sabia que havia algo errado.

.......

Comecei a escrever esse texto em algum dia da semana passada,  após ter o diagnóstico fechado com o ortopedista coiceiro. Remoi e digeri por alguns dias, fiquei com aquele bolo de ansiedade na garganta, quase nao dormi, nao comi, me isolei um pouco. Entendo House. 

Ja era ácida sem dor, com dor eu sou pior ainda, fico quieta. Iniciei hoje mais sessões de fisioterapia e decidi que vou comprar a maquininha de choquinho, nao é a cura, mas alivia.

Sou forte. Vai passar, ainda não sei como ficará meu trabalho, pra onde vão me jogar, ja que não tenho mais como exercer a minha função.  Dói, eu amava o que eu fazia, mas forçar  e sentir dor não vai dar.

Lembro de no fim de semana pensar que do jeito que tudo estava indo, precisaria recorrer novamente a indutores do sono, dormi pouco e custava dormir, mas hoje foi diferente "dormi mais que a cama".

Alguém me alertou que isso é algo bom, "sinal que consegui me desligar". Não havia visto por essa perspectiva, mas estou mais tranquila hoje, mas ainda sinto uma exaustão mental muito grande, estou altamente produtiva, é a maneira que encontro de fugir de mim mesma, me mantendo ocupada.

domingo, 19 de novembro de 2023

Céu azul...

Estou em uma fase que pequenas coisas me geram imensa felicidade. E não teve como não citar Chorão mentalmente "hoje ninguém vai estragar meu dia..".

De tudo que tive que me adaptar nessa fase entre a fratura do braço e essa retomada dos movimentos, o pior foi dormir.

Em algum momento escrevi por ai "eu dormia de bruços "!! Dormir foi um desafio desde o primeiro dia, ja que passei varios meio sentada, no inicio pela dor, depois por não encontrar posição.  E finalmente por que o corpo "acostumou", ele não teve escolha, eu tinha que dormir, mas a posição "de bruços " sem mentira, todas as noites eu lembrei com saudosismo. 

Quando sai do ortopedista semana passada, parece piada, esse era um dos meus pensamentos "sera que nunca mais vou dormir de bruços?". E confesso que ja havia me rendido tristemente a essa realidade. O que me impedia? Eu tentei por que segundo o fisioterapeuta o que me impedia? A dor que a posição me causava, perdi a rotação do braço, vira-lo para traz me traz muita dor, foi uma das causas dessa minha busca por outro médico. 

Pra minha grata surpresa ontem antes de dormir, o corpo pede a posição "fica ali lembrando", pedindo.. parece que se você se virar, ai sim vai conseguir dormir. Fazia tempos que eu nem tentava, mas ontem tentei e para minha surpresa não senti dor, senti um leve desconforto pela perda do hábito que logo passou "era como sentivesse voltado pra casa". Fiquei um tempão ali, feliz... não dormi, mas o corpo acalmou e virei novamente e não lembro de mais nada. é questão de tempo agora.

Começo a ver uma luz no fim do túnel..

sábado, 11 de novembro de 2023

Um olhar vazio no caos

 Chorar pode?

Apesar de marejados, ainda não consegui. É como se chorar admitisse minha derrota e eu não sou derrotada fácil assim por nada. 

Estou em mania. Durmo pouco, quase não como, ajo mais do que penso, falo e explodo com a mesma facilidade.  É assim que meu cérebro reage por eu tentar fingir para o mundo que nada me atinge, mas que por dentro estou corroida.

Foi uma semana punk, volta de viagem, exames, a velha e louca rotina, tentando me manter ocupada ao extremo para não ficar sozinha comigo mesma e não pensar no grande problema que carrego.

Fui em outro ortopedista, fiz exame de tomografia 3D, agora a espera do que esse irá me dizer, apesar que ele ja deu entender o mesmo que os demais, bem provável que passarei por tudo novamente,  agora com cirurgia.

E eu ja pensando em buscar outro, por que no fundo.eu procuro um que somente diga "tudo ira ficar bem".

Não vai.

Chorar não resolve e nunca resolveu.

Erguer a cabeça e seguir como sempre, até a exaustão.

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Um dia de sol...

Entre indas e vindas por ai, no carro, voltando da fisioterapia... a rádio de sempre me faz companhia e de fundo Papas da Lingua.. e eu em pensamentos que estão me acompanhando faz tempo, inspirou me a escrever...

Sobre tudo aquilo que esta escondido e não digo a ninguém.

Estou morrendo de medo, e nem figura de linguagem é, isso está a me consumir por dentro, temo que meu braço nunca mais volte ao normal. 

Quando naquela tarde sai da sala do ortopedista, feliz por enfim posso dizer que o osso cicatrizou porém com a nada delicadeza e franqueza que ele vomitou o prognóstico em cima de mim .. "mesmo que tu faça tudo direitinho, tu irá ficar com uma rigidez no braço".

E eu que estava toda animada com a fisioterapia, quem enfim iria recuperar a minha vida.. 

...  ja estou quase finalizando as 20 primeiras sessões,  e o progresso é lento, já foi pior, mas está longe de ser bom e aceitável. 

Sinto dores.  Elas ja fazem parte do meu dia. Nem me preocupo com o estético, por que olhando parece normal.. mas a questão de não ter mais essa flexibilidade.  Não perdi a força,  nunca fui atleta.  

O que me incomoda é essa dificuldade do braço dobrar para tras e fazer o moviento de amarrar o cabelo, coisas que parecem tolas, mas estão me angustiando, ficar nessa expectativa de ter ou não sequelas, eu estava animada por que de inicio sabia onde queria chegar, era votar ao normal e agora é como se estivesse no escuro, eu não sei o limite. 

Voltei a dirigir, o carro ajuda por ser automático,  se fosse manual ja nao daria, ja me sinto mais dentro da normalidade e menos dependente. 

Eu dirijo mas não consigo amarrar meu próprio cabelo. Seria comico se não fosse trágico. 

Pode ser tudo preocupação desnecessária da minha cabeça e que daqui algum tempo eu ria disso. Só estou cansada dessa pressão psicológica interna. 

(Ponto)

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Reflexões de supermercado

 Passando pelo corredor das geleias, ia parar para olhar e escolher uma.. porém..

... um casal discutia bem na frente de onde eu queria parar.

Ela queria da marca tal e ele na maior grosseria dizendo que era só marca, que o que valia era só o produto. A cena era mais engraçada de se ver do que eu descrever, por que era eu praticamente no meio deles, tentando olhar os "sabores" que estavam atrás deles, enquanto eles discutiam com um sotaque certamente nordestino e que muita coisa que foi dita ali eu não entendi.

Sei que desisti e fui atras de Saponildo ja ia mais a frente.

Em outro corredor, um casal discutia de forma "tão nhenhem" trancando o corredor que pareciam sem vida, sem baixaria.. a gente queria ver show, mas não.  Era eu e Saponildo se olhando e esperando eles se tocarem que estavam obstruindo a passagem.

Ja na na gloriosa fila do caixa. Mais de 1h, o casal a frente vai passar as compras. Era pra ser um trabalho em equipe, um passa a compra e o outro ja vai ensacolando. 

Era.

Por que o casal a frente, a mulher, pobre coitada passou a compra, enquanto ele parecia um Buda, melhor, parecia um açucareiro com as mãos na cintura. Depois ela foi ensacolar tudo e o bonitão só foi pagar. Ela ainda saiu empurrando o carrinho cheio.

Naquelas reflexões que só eu faço nos momentos mais adequados, olho para Saponildo:

"-Tu é ogro! Mas sabe o que me conforta? Que tem coisas bem pior por ai..".

(.. ele nunca me podou sobre qualquer coisa que compramos e nem pergunta para o que serve. Se vamos discutir a gente tem classe, um mando o outro "tomar no c*" e esta tudo bem! E jamais empurro carrinho, ergo peso.. por que eu sou delicada demais aos olhos dele)

sábado, 30 de setembro de 2023

Eita.

Eu não queria vir até reclamar, e só eu sei o quanto eu detesto reclamar da vida, prefiro o silêncio, pelo menos eu finjo que está tudo bem, mas se nem aqui eu não me sentir a vontade pra me expressar onde eu irei?!

Não está tudo bem.

Novamente caio na ideia de.. "que ano f***"! E não é no sentido literal e magnífico da palavra, mas sim no pior de todos eles.

Sabe quando pensa que tudo vai começar a melhorar e do nada volta tudo a andar pra tras?!

Está assim, uma coisa boa e lá vem duas, tres pauladas da vida. Essa semana que passou marquei minha fisioterapia pra iniciar essa semana que ira entrar, essa é uma coisa boa. Não tão boa, quero melhorar mas não quero voltar a trabalhar esse ano, quero voltar com 100% da minha capacidade e também porque sei que a coisa la não está facil, o caos está instaurado de um jeito que se eu não tivesse afastada, certamente voltaria aos remédios de dormir. Não teria psicológico para as idiotices que estão fazendo la. Não esse ano.

Faz uns 15 dias que meu siso começou incomodar, meti a cara e fui pro dentista, entre raio x e tomografia, descobrimos que ele estava nascendo dentro de uma carie do dente lateral, removi os 2. Vou ter que colocar pino, isso tem nome... "desleixo". Vai deixando sempre pra depois, todo mundo em primero lugar e eu vou ficando. Dor da passa, tudo passa e eu vou deixando. Falta de dinheiro? Não.  Tempo? Não.  Simplesmente achei que não precisava, "parecia" tudo certo. 

E ontem levei mais uma das minhas gatinhas pra clínica,  ficou internada. Agora é só 2. Sem previsão de alta. A minha preferida. A minha dengosa.

Estou com vontade de dar uns gritos. Nem posso, com os pontos no dente, vontade de comer coisas gostosas, nao posso. 

Vontade de sumir...

Não posso.

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Quando azeda o leite..

Hoje é feriado no estado em que nasci, sei que é uma semana de comemorações e orgulho, das minhas raízes e um pouco da minha cultura e do que sou hoje, uma data que comemora o fim e o começo.

Aqui vida que segue, normal. Fico um pouco nostalgica, pois nesse estado passei toda a minha infância e adolescência.  Sinto falta? Não. Nada me prende mais lá. Voltarei um dia? Não pretendo, nem para turismo, o que existe lá que eu queira ou ainda não conheça.

Não era pra ser assim, não pretendia a começar a escrever amarga, mas é o caminho que o texto está me levando. Estou com dor, meu siso resolveu dar sinal de vida.  Quando não é uma coisa, é outra. E vou ficando ácida. 

A intenção era rir da ideia maluca que um dia o estado quis se tornar independente do resto do pais, tem embasamento histórico e válido, mas não deixa de ser cômico hoje em dia. 

Também queria contar como eu passava a semana toda ansiosa para guardar a chama na escola, era escolhidos dois casais por vez, vestidos a caracter e ficavamos de pé, ao lado da chama, cerca de 1h. Era o evento, mais aguardado do ano mas só quem tinha a indumentária podia faze-lo, exclusão..pois roupa tradicionalista não é barata, nem todos tinham.

Azedei, não tem jeito. 

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

*só eu mesma...

Cloro da piscina no fim e o outro a me pertubar as ideias "ja que tu não esta fazendo nada, pesquisa e compra".

Já cheguei a conclusão que tem coisas que fazer na pressão não funciona comigo, parece que eu vou na força do ódio. E eu fui...

Pesquisa ali, acola.. olhos brilham "10kg". Uauuu um bom tempo não vou me incomodar com esta tarefa novamente. 

Coloco no carrinho, mas o frete não é grátis, não compensaria o valor e faço nova busca, porém... caraca, sempre tem o porém. Faço uma nova busca somente com o preço em mente, sem olhar outros detalhes, encontro outro produto com preço inferior e frete grátis,  me achando a economica.

Aproveitei e comprei outro kit de limpeza da água que ainda tinha, aproveitar "ja que economizei". Fecho a compra, lojas diferentes,  dias de entregas diferentes. 

E eu?? Ja sonhando com o que ia fazer com o balde de 10kg depois que terminasse o produto, por que eu sou dessas, amo reutilizar uma embalagem, pra que eu vou comprar? Reutilizo mesmo.

Ontem chegou, moço chama meu nome. Peço pra ele descarregar na garagem pra mim, não posso segurar peso. Olho.. 2 caixas. Fiquei meio assim... "será que eles dividiram o kid de limpeza em duas embalagens?"Ja que eu estava esperando a entrega de um pedido por vez.. Abri a primeira caixa. Estava tudo certo.

Mas e a outra caixa? Fui eu abrir toda desconfiada,  uma caixa pequena. Abro, dou de cara com um pode de 3,5 kg de cloro.

Pqp! Será que eles mandaram errado? Fui a louca conferir no app. Não,  eles enviaram certo, eu que comprei errado, um erro amador, olhei só o preço e não verifiquei a quantidade do produto.

E eu me pego rindo. Rindo de mim mesma..

Sim, e não rindo por que eu tinha tomado um belo de um prejuizo, mas por que eu só...

... não ia ter mais um baldão para reutilizar.

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Vai passar

Não queria começar a semana já com reclamações, mas não tenho como evitar todas as reflexões dos meus últimos dias.

Tenho pensado bastante, sobre tantas coisas e sobre tantos assuntos, a única coisa que sei é que estou saturada de tudo, não é nem fingimento, simplesmente não estou me importando com mais nada, apesar de...

Ontem eu ouvi "quando que é para tu voltar a trabalhar mesmo?". Com o tom de deboche e ironia, pois dizem que estou implicando com pequenas coisas e quando eu trabalho estou cansada e sem energia.

O que ninguém ve? Que estou me isolando novamente. Que tenho vontade de sumir, é essa sensação que não passa, de entrar em um buraco, não quero ver gente, não estou disposta a conversar e a diálogos. 

Só queria que esquecessem que eu existo, tenho esse direito?

É um desabafo de quem esta sem saco para encheção de saco! Passa, sempre passa.

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Ela disse adeus

Fofa entrou na minha vida assim como minha mãe, sem ser convidada, pela porta da frente. Foi a minha mais perfeita e doce herança e desde 2018 fez parte do time "pets da Lucí".

Notei que alguns dias ela estava se alimentando pouco, que andava mais quieta, mas era um comportamento aceitável para uma idosinha que no próximo mês faria 18 anos.  O alertou ficou, levei para a clinica de estimação,  exames e os píores prognósticos,  diante de toda a situação apresentada seria egoismo meu prolongar o sofrimento dela. E ela estava em sofrimento...

Ontem a noite fomos nos despedir de nossa velhinha, e mais uma vez reviver tudo que passamos com o Cascão, doeu menos? Não.. é como se despedir de um ser humano, mas a experiência me trouxe uma força para aceitar a situação. 

E olhando em nossos olhos ela dormiu e descansou para a eternidade. ❤

 

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Primeiro...


Ontem a noite andando de um canal a outro, eu não me acreditei quando eu os vi, grupo Polegar, no Programa do seu Silvio,  tentei achar o video, porque merecia ser visto e revisto, mas não encontrei o mesmo, encontrei esse.

Quando eu vi eu gritei "corri aqui filha, olha o (Queipope hahaha)/K-Pop da minha geração. Ela riu e disse "Mãe!! Eles estão velhos!!".

E daí?! Eu também. 

Faz muitos e muitos anos, mas eu sei todas as músicas pra cantar junto. E hoje sei que o Alex foi meu primeiro Crush. Lembro todas as meninas eram loucas no Rafael e eu? No Alex, porque?! Não sei, eu era do contra?! Também.

É, foi ele meu primeiro sonho de casamento, eu iria crescer e casar com ele e eu só não sei o que deu errado nesse meu plano (kkkk).

Quando eu ouvi a música,  me veio a imagem de eu e minhas primas, domingo a tarde na casa da minha vó, sim. Era uma época que só eu ouvia eles cantarem nos programas de domingo. Uma de nós subia no banco de madeira e fazia o show para as outras. Nessa altura da tarde eu já estava descabelada e suja para o desespero da minha mãe. 

Bons tempos aquele. Não sabia que meu primeiro crush ainda canta, na verdade foi uma informação totalmente esquecida por mim, que veio a tona ontem.

Dave, não me leve a mal. Você é meu crush eterno e agora irá dividir com o Alex que eu reencontrei pra nunca mais perder.


Que voz!! Ainda da tempo de nos casar.. bora?!

terça-feira, 29 de agosto de 2023

Pedindo limites

É, eles pedem limite e controle, sou obrigada a concordar com os profissionais da área.

Já ouvia a conversa em casa que os "colegas" os pais colocaram aplicativos para controlar o celular, mas eu protelei ao máximo a chegar esse ponto, sou adepta da conversa, da troca, do entendimento e liberdade com consciência,  mas ela não quis aprender do jeito fácil,  então faço eu o meu papel de mãe, antes que a vida a ensine.

Já estava incomodada com ela, com a postura dela diante das coisas: ir para os cursos reclamando, nada está bom, sai com o pai, ja volta de mau humor, por que? Por que são momentos em que ela tem que se desvincular do celular.

A métrica para tudo era o que acontecia online, brigavam e discutiam e ela soltava o mau humor em cima de nós, não podiamos falar, conversar. Ela ja estava ofensiva, isolada.. depois de uma conversa ensaiava uma melhora, mas logo voltava para o antigo comportamento em não ter vontade de fazer mais nada.

Essa semana ainda conversei com ela, sobre ela ter essa liberdade que os amigos não tinham e que devia aproveitar por que eu estava cogitando fazer esse controle. E realmente, eu ja sabia que ia fazer só estava dando a última chance.

Na quinta, como é uma tarde livre, orientei que eu queria o quarto arrumado, porque o caos estava instaurado, não dava para entrar porta a dentro. Lembrei a ela que caso não arrumasse iria tirar o celular e fim de semana estava ai, é quando eu libero ela para dormir com ele, por que as 21 eu sempre guardo pra ela dormir.

Sei que passava pela porta do quarto, o trabalho não rendia, ela não negou em fazer,  mas disfarçava, lógico que ela estava no celular, não sou boba e ja havia comunicado a consequência. 

Na sexta, eu ia passar o dia todo no hospital, entre raio-x e ortopedista,  meio dia enviei mensagem pedindo que ela fizesse o combinado: tirar o lixo, alimentar os bichos, guardar a louça da lava-louças e arrumar o quarto, tudo depois de almoçar.

Quando cheguei, para a não surpresa minha, ela não havia feito nada, mas o que mais me indigna são as cachorras sem comida e sem água, retorno a avisar pra ela fazer, ela vai para o quarto fingir que arrumá, chega o pai que vai conversar com ela, retornando a lembrar que teria consequências se ela não fizesse e ela pra ele "to cagando".

Foi a gota d'água,  perdi toda minha paciência e tirei o celular dela por tempo indeterminado, busquei opções desses apps de controle,  olhei todos e coloquei um de controle parcial, por que queria deixar ela com alguns acessos livres.

A mágica ocorreu, ela ficou feliz, arrumou o quarto, estava gritando para ter limites, agora ela tem assunto com os colegas, afinal a mãe também controla o celular dela. #sqn

A felicidade durou até ontem, entre 13h e 14h ele desbloqueia para ela descansar depois do almoço até a retomada das atividades da tarde, estudar coisas da escola, música e inglês. E parece uma droga, só naquele tempo de liberdade voltou tudo novamente. Fiz o bloqueio dos apps que haviam ficado livre como: duolingo e spotify. Passei pelo o quarto e ela ouvia as lições do app do curso de inglês e não fez nada novamente,  dormiu a tarde toda e ficou de mau humor..

... reclamando que agora o celular só servia para fazer ligação e tirar foto. Oi?! Fui obrigada a lembra-la que a origem do celular é fazer ligação e teve um bom tempo que nem tirar foto eles tiravam.

Eu luto com as armas que tenho nessa guerra, aguardem cenas dos próximos capítulos,  talvez se nada mudar terei que fazer bloqueio total.

Ahh mas porque não tirar de uma vez? Por que sou malvada, ela terá que aprender a conviver com o vicio, para ela esta pior ter o celular em mãos e não poder mecher do que simplesmente eu guardar. Veremos...

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Finjo ter paciência...


Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para

Em uma tarde dessa semana, estava eu aguardando a Lígia na sala de espera da aula de música,  essa é a minha rotina por algum tempo. Antes esperava no carro, agora sem poder dirigir aguardo na salinha. 

Logo que fraturei o braço pensei em encerrar o ano para ela, ja estava no fim do módulo, mas não achei justo com ela, é só uma vez por semana, não me custa pegar um Uber, ir levar e aguardar.

Retornando.. estava aguardando na sala e eles deixam sempre a tv conectada em alguma playlist, fico ali no celular e parei para ouvir Lenine, não teve como não parar, a música fez todo o sentido.

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência

Eu ando fingindo bastante. A verdade é que eu não sou essa calmaria toda. Proteção? Talvez. Porém isso não significa que não dói em algum lugar. Eu estou fingindo não ver muitas coisas,  não sentir, não me importar, a verdade? Dói,  mas sempŕe passa.

Tenho me perguntado bastante diante de algumas coisas que me desagradam: até que ponto isso faz diferença na minha vida? quanto tempo eu vivo ou vivi sem tal pessoa? Eu vim ao mundo sozinha, é a minha resposta para todas as minhas dúvidas. 

Eu vim ao mundo sozinha e a contra ponto "eu finjo ter paciência". O bom? É que estou conseguindo fingir, essa freada que a vida me deu, me fazendo colidir de encontro comigo mesma, eu sinto falta da minha rotina louca, não da loucura,  mas sim da dormência,  de não precisar finjir, simplesmente  não por que eu não sentia, apenas não tinha essa percepção de tudo a minha volta, eu não tinha tempo para os detalhes, eu não tinha tempo para fingir...

... ter paciência. 

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Imperfeições

O que a pessoa as 2h da madrugada estava pensando, não seria nem digno de registro #sqn. 

Estava sem sono e nem posso dizer que rolava na cama,  por que nem posso, por conta do braço, mas estava absorta em meus pensamentos na escuridão. 

Pensava sobre idade e como eu me sinto mais bem hoje aos 41, do que aos 20 e nem é pela aparência,  mas sim pela consciência de vida que tenho hoje, pelo amadurecimento interno.

Não que eu não queira mais a juventude, quem me dera ser aquela Lucí que implicava com olheiras e manchas do rosto que só ela via, mas eu queria aquela Lucí com a mulher que eu me transformei. Eu sei, é utopia, não é possivel, essa Lucí de hoje é uma sobrevivente, uma construção e desconstrução contínua. 

Porque esses pensamentos apocalípticos para não me fazerem dormir? Não assisto muito a tv, mas sempre escuto. Agora toda essa polêmica sobre pais tóxicos por conta daquela atriz que esta na midia. Eu sou fruto de uma mãe tóxica.

Minha relação com minha mãe nunca foi das melhores, com o tempo não posso dizer que melhorou mas eu cresci e não permiti que ela fizesse o que fez a vida comigo e muito menos respingar na minha filha. 

Ela pisou em qualquer autoestima que eu pudesse ter  enquanto vivi com ela. Nunca fui o bastante. Nunca bonita, inteligente ou qualquer atributo que ela esperava de mim, pelo contrário fui a ovelha negra, a rebelde, que segundo eles "sempre fazia tudo para contrariar!".

Sinto muito mãe! Eu não fazia ou faço para contrariar! Eu era e sou eu mesma, que estava lutando para moldar minha personalidade dentro da caixa de sapato que você me oferecia.

Hoje olho e vejo o circo de horrores que ela fez da minha vida e mentiria se dissesse que ela não tenta ainda fazer. A lembrança mais cruel, ela com a fita métrica. Minha mãe era costureira, em uma cidade do interior,  em um tempo que não havia comércio de roupas, somente tecidos.

Era ela, sua fita métrica e as espetadas de alfinete, porque "onde ja se viu!!??onde tu vai parar com essas medidas!! Toda vez que tiro, está maior!!". Desculpe mãe, eu era uma criança,  e crianças crescem, eu era igual as outras, que a senhora tirava as medidas e sorria e não reclamava.

O terror da fita métrica me acompanhou. Ela fez todos os meus vestidos de fim de ano. E não era o fato de fazer um inferno,  ela escolhia o modelo, a cor, segundo ea eu tinha mau gosto e "nada ia ficar bom em mim mesmo."

Era uma frustração interna dela, hoje eu sei. Eu não tinha a altura que ela sonhou, tenho mais curvas que qualquer costureira goste, por que ela queria um cabide, reto.. eu não sou, e rara das clientes dela eram, mas ela destilava o veneno todo em mim.

Lembro para minha festa de fim do ano da pré escola, eu tinha 6 anos. Minha mãe fez a roupa de todas as minhas colegas, na época estava na moda o modelo de saia "balone". Todas minhas colegas fizeram esse modelo. Minha mãe? Decidiu "não vai ficar bom para você". E quase não fomos a festa, por que ela não teve tempo de fazer o meu vestido, olho para as fotos e era um vestido bonitinho, verde bebe, de um resto de tecido que ela tinha em casa.

O drama da fita metrica, resultava no controle absoluto do que eu comia. Nada de pão, doces. O controle alimentar realmente não incomodava, por que comiamos muito bem, comiamos comida de verdade, mas eram os olhares, o julgamento. Ela não impedia, mas era sempre o comentário "por isso as medidas aumentam"! Isso da barriga! Se comer e ficar parada cresce a bunda.

E la ela ia me massacrando. Na minha última formatura da escola, ela me deixou escolher o modelo e o tecido, fui na loja escolhi o croqui, os tecidos e foram dois meses de humilhação.  Cada medida tirada e prova de vestido ela me espetando e reclamando. "Ia ficar horrível!". No final ela modificou o vestido, deixou abaixo do joelho e ele havia um bolero de renda, que ela fez 1/4 de manga. O decote? Nem preciso mencionar que ela não fez. Era um desenho um vestido, decote coração, curto com um colete de renda.

Ja maior, haviam lojas, meu pai (outro tóxico, merece uma reflexão só para ele), todo fim de ano ele liberava dinheiro pra ela ir as compras. Eu odiava esses momentos, principalmente quando cresci, não podia escolher nada. NADA. E ja nos últimos anos que morei com ela, ela me permitia "escolher" mas nada ficava do lado do provador e tudo era feio, nada ficava bom.

Sabe mãe,  apesar de tudo, eu te agradeço, ter me feito acreditar que eu era a mais feia de todas as minhas amigas, com seus comparativos diários,  mas não, eu era igual a elas, a diferença é que você não tinha o direito de dizer isso a elas e sabe que nem a mim?!

Cresci buscando outros talentos, ja que eu era tão feia, ao ponto da minha própria mãe dizer isso. Então mãe,  eu fui ser a inteligente. Ah! Isso a senhora também nunca reconheceu! Nem isso era o suficiente. 

Eu fui me descobrir quando sai para o mundo, fui descobrir o que eu gostava de comer, ouvir, vestir. Eu tive que me reconstruir e aprender  a viver. Descobri que eu não era nem um pouco feia, que tudo aquilo que ela tentava esconder e reclamar em mim, não era feio, era a opinião dela. 

Sim mãe,  eu me tornei uma mulher inteljgente, astuta e raçuda e sabe, devo agradecer a você,  porque eu aprendi a lutar com quem devia nos amar, por que a "vida la fora ja é tão difícil!". Não, a vida "ai dentro foi dificil". O mundo me abraçou e me acolheu, com todas as minhas imperfeições perfeitas.

terça-feira, 22 de agosto de 2023

Ali a mesa...

Não me importo com tradições ou faço menção em seguir, mas sei reconhecer uma quando já esta instalada, bem provável que ja veio incrustada em mim desde a minha infância: conversas a mesa durante as refeições em família. 

Meu pai nunca foi muito rígido, não sei, ele tinha autoridade flexível,  mas haviam algumas regras impostas por ele que eram seguidas e ninguém ousava questionar ou não cumprir. Horário das refeições: almoço (meio dia) e janta (no máximo até as 19h). Todos a mesa. Tenho muitas boas lembranças desses momentos, pois tinhamos igualdade e liberdade para todo mundo compartilhar seus momentos.

E agora me vejo assim, com minha própria família,  com a mesma tradição de refeições a mesa, não mais como as que eu tinha, por que a vida corrida de todos já não permite mais. Almoços reunidos? Só fim de semana, mas pelo menos a noite a gente se reune a mesa para comer e colocar a prosa em dia, 

O horário? O mais cedo possível depois das 19h, ninguém gosta de comer tarde, as mesmas pessoas, os mesmos lugares. Os assuntos? Os mais variados e muitas vezes surpreendentes. A fala mais ativa? Ela.. que sempre nos brinda com uma infinidade de temas e nós nos reduzimos a ouvintes, e formadores de opiniões, que são sempre são bem recebidas e acredito que isso tem haver com esse momento descontraído, nada é imposto.. é muita conversa. (como o da catequese, o assunto morreu, nunca mais ela contou nada sobre isso, era sinal que ela estava muito incomodada com o assunto)

Ja estive no lugar dela e hoje vejo a importância desses momentos, são especiais, tanto que vou passar a escrever mais sobre essas conversas "ali a mesa", com esse mesmo título, assim como outros que ja são seriados por aqui.

sábado, 19 de agosto de 2023

Educadinha..

 De passagem pela cozinha vejo ele servindo um copo de Coca..

"- Coloca pra mim também,  por favor!?".

"- Como tu anda educada nos últimos dias. "

Sorri e a velha desculpa "eu sempre fui educada."

Lá eu tomando minha coquinha e refletindo sobre a situação.  Não sou adepta a convenções que eu considero tolas e isso todo mundo sabe, mas educação eu sempre tive. Será que pela toda a correria e loucura que estava minha vida em algum momento eu deixei de lado??

O básico das palavrinhas magicas "com licença,  por favor, obrigada, desculpe " Sempre as uso sem cerimônias, agora "os bom dias e os demais".  Sigo o fluxo e não me importo se não usarem comigo. 

Eu ri sozinha como a maioria de quem me conhece ja se acostumou com o meu hábito de não ter esse hábito.  Ja fui cobrada, hoje não mais. Um " E ai?! , Oi!!" Resolve tudo.

Porém não tem como negar que me sinto mais calma, talvez seja esse o ponto, sempre fui educada, mas eu havia desistido de falar com as pessoas, desistido de pedir, ele ja sente a diferença...

... e sorrindo, me entregou o copo e agradeci com um sorriso meu.

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Covinhas

Não faz muito tempo que acordei, ja estou dormindo melhor, dizem que não existe isso de acumular sono, mas ando mais sonolenta nos últimos dias.

Foi só um sonho, mas foi tão real.

"Ele arrumava a mochila sob a mesa da sala, conversava e soŕria para mim, e saiu pela porta"

Bom, não consigo lembrar sobre o que conversávamos, mas era algo leve reconfortante, ele parecia a me aconselhar. O mesmo sorriso, as mesmas covinhas e o mesmo "tchau" com respeito que o lugar merecia.

Conheci E. , meados do ano passado, que passou a trabalhar junto comigo duas vezes por semana. Prof. E.F. Eu ja andava irritada demais, por que fiquei trabalhando sozinha por algum tempo, e não conseguiam ninguém para preencher a vaga, até que ele assumiu.

Antes mesmo de sermos apresentados, ja me disseram "ele é caladão, não tem filhos e não mora na cidade'. Ja pensando o pior, isso significa grandes chances de ser um faltante no nosso meio.

Quando fomos apresentados,  na primeira oportunidade que ficamos sozinhos ele me fala: "Lu, eu não queria estar aqui, eu gosto de escola, mas eu não tive outra escolha, preciso trabalhar e pode ter certeza que farei o meu melhor".

Assim nasceu nossa "amizaďe". Ele foi honesto, estava apavorado, não sabia o que fazer, mas tinha vontade de aprender e realmente fez o seu melhor, por que ele era profissional. 

O caladão, não era caladão. Era observador, apenas isso, ouvia, pensava antes de falar. E varias vezes ouvi "Mas ele conversa contigo??".

Elas não souberam e nunca vão saber, o que passamos naquela sala durante aquelas manhãs e muito menos o que compartilhamos fora daquelas paredes, e acho que sei o porque do sonho, andei pensando muito nele nos últimos dias, desde que fraturei o braço.

E o que me atraiu a lembrança? Ele é canhoto.

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Saudade dói.

 

Ontem o dia estava estranho e nem chovendo estava. Sinto falta do trabalho, de ter aquela rotina, talvez seja esse motivo da estranheza.  

Fim de semana, lembro de ter aberto o WhatsApp e me sentir um pouco de lado, olhando o grupo do trabalho,  vendo a vida de todos andando e a minha parada, a sensação de já ter vivido isso antes, sim eu já passei por isso antes.

Fui me sentindo excluída,  eles ja removeram de grupos específicos,  ja que não estou no trabalho,  não é etico a  ter acesso a informações,  só me deixaram no de assuntos gerais.

Quando repentinamente a minha parceria me envia mensagem,  chorei quando li, sinto muita falta deles. É diferente de férias,  que você está cansado e vai se preparando gradativamente para o rompimento,  eu não, foi repentino. 

Conheço bem ela, minha alma gêmea, com certeza ela não quis ser invasiva, por isso ela não me procurou antes, mas é a pessoa que mais tenho afinidade na vida, até em pensamento..ela ouviu e veio me socorrer.

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Hope..

 

Esses dias recebi um email cujo remetente era "Hope..". Achei uma graça, coisas da idade e foi inevitável não lembrar dessa música que gosto tanto. Veio em boa hora, obrigada "Hope".

Não tem como ouvir e não se contagiar com a alegria do Brendon Urie, do Panic! At the Disco. Ele canta sorrindo, é uma energia que nos enche a alma, da vontade de cantar e dançar junto.

Que Dave e Dinho, nunca leiam isso, vai que fiquem com ciúmes,  desnecessário.. vocês são insubstituíveis e tem morada garantia no meu corpo.

Brendon ❤ 

High Hopes

Panic! At The Disco


Tinha que ter altas, altas expectativas para viver

Mirando nas estrelas quando eu não conseguia alcançar o sucesso

Não tinha um centavo, mas eu sempre tive uma visão

Sempre tive altas, altas expectativas


Tinha que ter altas, altas expectativas para viver

Não sabia como, mas sempre tive uma sensação

Que eu seria aquele um em um milhão

Sempre tive altas, altas expectativas


Mamãe disse: Cumpra a profecia

Seja algo maior, vá fazer um legado

Manifeste seu destino, antigamente

Nós queríamos tudo, queríamos tudo


Mamãe disse: Queime suas biografias

Reescreva sua história, ilumine seus sonhos mais selvagens

Exiba suas vitórias, todos os dias

Nós queríamos tudo, queríamos tudo


Mamãe disse: Não desista

É um pouco complicado

Todo enrolado, sem mais amor

E eu odiaria ver você esperando


Tinha que ter altas, altas expectativas para viver

Mirando nas estrelas quando eu não conseguia alcançar o sucesso

Não tinha um centavo, mas eu sempre tive uma visão

Sempre tive altas, altas expectativas


Tinha que ter altas, altas expectativas para viver

Não sabia como, mas sempre tive uma sensação

Que eu seria aquele um em um milhão

Sempre tive altas, altas expectativas


Mamãe disse: As coisas são difíceis para os diferentes

Os heróis mais estranhos nunca são amadores

Os esquisitos e os românticos nunca mudam

Nós queríamos tudo, queríamos tudo


Fique nessa ascensão, fique nessa ascensão

E nunca desça, oh

Fique nessa ascensão, fique nessa ascensão

E nunca desça


Mamãe disse: Não desista

É um pouco complicado

Todo enrolado, sem mais amor

E eu odiaria ver você esperando


Eles dizem que tudo já foi feito

Mas eles não viram o melhor de mim, eh, eh, eh

Então eu tenho mais uma chance

E vai ser uma bela vista, eh, eh, eh


Tinha que ter altas, altas expectativas para viver

Mirando nas estrelas quando eu não conseguia alcançar o sucesso

Não tinha um centavo, mas eu sempre tive uma visão

Sempre tive altas, altas expectativas


Tinha que ter altas, altas expectativas para viver

Não sabia como, mas sempre tive uma sensação

Que eu seria aquele um em um milhão

Sempre tive altas, altas expectativas


Tinha que ter altas, altas expectativas para viver

Mirando nas estrelas quando eu não conseguia alcançar o sucesso

Não tinha um centavo, mas eu sempre tive uma visão

Sempre tive altas, altas expectativas


Tinha que ter altas, altas expectativas para viver

Não sabia como, mas sempre tive uma sensação

Que eu seria aquele um em um milhão

Sempre tive altas, altas expectativas

domingo, 13 de agosto de 2023

Entre eles..

 

Eu acho tão linda essa cumplicidade que existe entre eles, o quanto eles transbordam amor um pelo outro.

Olho com olhar de expectadora, admiro e fico feliz. E eles são assim, um amor infinito e declarado.

Meu coração se derreteu um pouco mais hoje..e a prova que pequenos gestos marcam a vida de uma criança..


sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Sobre...

A verdade é uma só, não tenho assunto, mas tenho a necessidade de escrever para me organizar internamente. Estou a voltas e tudo que acerca tem relação com o meu braço e nesses dias mais frios é verdaďe que fratura dói bem mais.

Nesse mesmo tema, ja faz me lembrar que isso aconteceu dia 20 e que felizmente o tempo esta voando e que eu arrumei umas ocupações que ninguém precisa saber, mas que estão me afastando do tédio,  digamos que conhecer a cultura de outro país de outras formas.

E...

Não resolve meus pensamentos se voltam para aquela semana fatidica, me veio a lembrança do dia anterior, que eu estava almoçando quase duas da tarde, como sempre, que havia chegado do trabalho e tinha muitas coisas para fazer ainda, começar a organizar as coisas para a viagem que não aconteceu, e eu só queria uma coisa: um tempinho meu, para ler. Estava lendo o último livro da série  Os sobreviventes de Mary Balogh e simplesmente estava apaixonada e envolvida com o que lia, mas não tinha tempo.

E eu lia enquanto comia e refletia sobre isso, que eu nunca tinha tempo, que só queria ler um livro e não pensar e me preocupar com mais nada e ninguém e o universo ouviu meus pensamentos e algum anjo mirou errado, me deu o tempo que eu tanto queria com uma leve consequência,  mas se não fosse assim de que outra forma seria???

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Gatilhos, de onde vem e para onde vão..

Gostaria de compreender o mecanismo de gatilhos de algumas memórias que tenho, que nos momentos mais "nada haver" elas pairam nos meus pensamentos e ficam ali rodopiando como folhas em um espiral de vento, todas rindo de mim sussurrando e soprando carinhosas lembranças.

Estava almoçando e pá, veio a lembrança de um agasalho do meu irmão,  era marrom com golas e punhos pretos e na frente a estampa de três dados coloridos empilhados. A lembrança do meu irmão vestindo ele para ir para a escola, a lembrança do agasalho guardado no guarda roupas, quando ja nao servia mais a ele. Com uns 13 anos eu peguei ele e me chamei de dona, porém ele já não parecia mais tão bonito como eu o via.

Eu doei ele e quem ganhou fez tão bom uso, que de todas as lembranças que vieram hoje, essa foi a que mais me sensibilizou.

Nessa época, eu tive um colega, amigo, ele era muito pobre, mas muito mesmo, a ponto de ir de chinelos de dedo no inverno, e quem é do Rio Grande do Sul, ainda mais da cidade que nasci, tem uma leve noção do rigor do frio. Eu lembro de olhar para os pes dele, cruzados embaixo da carteira, das roupas pequenas e curtas, ele parecia estar com muito frio.

Ele era um dos mais inteligentes e esforçados, foi o único ano que estudamos juntos, ele era miúdo, um dos menores da sala, sempre muito soŕridente. Entre amigos nos reunimos e cada um doou uma coisa: tenis, meias, touca e eu o agasalho.

Colocamos em uma sacola, em baixo da carteira junto com os materiais e eu escrevi o bilhete, não lembro mais o que escrevi, mas como eu era a mais intima, escrevi com carinho, para nao constrangelo, como se eu tivesse dando todas as peças. Lembro dele lendo o papel, olhando para os lados, o sorriso e um obrigado dito em voz sussurrada.

No outro e nos demais dias, eu vi ele com aquele agasalho e novamente todos os demais dias, criando novas e novas lembranças.  Ainda estou pensando aqui o que me levou a essa enchurrada de pensamentos, talvez ontem por ter conversado com meu irmão e ele mesmo envelhecendo eu ainda o vejo como aquele carinha de moletom saindo para estudar.

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Agora ficou esclarecido, penso eu..

Em um passado muito remoto, desejei ser freira. Não pela vocação ao clero (que diga-se de passagem , descobri mais tarde não ter nenhuma), mas quando se nasce no interior, nos anos 80, o meu único passeio além da casa dos poucos familiares,  era a missa de domingo, ainda mais quando o irmão mais velho esta a fazer a catequese, era obrigatório. 

Tudo relacionado a igreja me fascinava, os eventos, musica a arte. Minha mãe, logo tratou de manipular meu interesse, "freiras não podem casar". E o meu sonho foi deixado de lado, por outra paixão ainda maior: casamentos, que mais tarde descobri que tinha muito mais a ver com meu amor pelo design de roupa do que a união de homem e mulher.

Vim de uma família católica, mãe praticante dentro de uma racionalidade aceitável para a geração dela e de um pai, nada católico, que não se colocava a favor nem contra. Simplesmente chegou a idade da catequese e la fui eu fazer, por que era assim, fazer por que tinha que ir, porque todos faziam. Eu já tinha 10, 11 anos e não queria ser mais freira e tão pouco sonhava me casar, mas fui obrigada a seguir por algum tempo, sem deixar de questionar, mesmo assim "ia por que tem que ir".

Onde eu quero chegar com esse relato. Faz tempo que percebi que Lígia estava incomodada pelo fato de alguns amigos fazerem catequese, acredito que bem mais por se sentir excluída do que pelo interesse religioso. Por tempos ouvi comentários dela sobre, me mantive em silêncio,  a questão que acredito que começaram a pressiona-la "porque você  não faz?" e ela por não ter ou  não saber uma resposta começou a se sentir incomoďada, mas em nenhum momento chegou a me questionar.

Ontem ďurante a janta, novamente apos comentários sobre a catequese da melhor amiga, resolvi iniciar uma conversa mais esclarecedora, que não fiz antes por que eu achei que ela entendia os motivos. Começamos contando a ela sobre a nossa experiência de catequese, o pai até coroinha na igreja foi, porém enfatizamos que não tivemos escolha, iamos e frequentavamos por que todos faziam e não por que gostavamos ou entendiamos, eramos crianças.

Ela olhava e ouvia bem interessada, expliquei que ela não fazia catequese porque primeiŕo, nós os pais não somos adeptos a nenhuma religião e segundo, ela é criança e não tem entendimento próprio sobre fé. 

E cheguei ao ponto que acredito que era o que estava a incomodando, os questionamentos dos amigos. "E quando os amigos te perguntarem o por que você não faz, diga a eles que seus pais optaram por te dar opção, de você ter direito a escolher a sua própria religião,  quando você tiver idade e maturidade para entender e seguir uma religião por fé e por que se identifica com ela, não por que teus pais estão te obrigando. A sua escolha sera respeitada por nós independentemente de qual seja.".

Senti nos olhos dela a satisfação com a ŕesposta, de se sentir amparada, mesmo o pai no fim dando uma derrapada. "Eu só acho que não deveria ir para a umb.....". Já nem deixei ele terminar e cortei o caminho.. "inclusive a umbanda, se você escolher, pois será uma escolha sua e nós vamos respeitar.

Sugeri a ela que pesquise sobre religiões para conhecer as opções e ver que existe bem mais no mundo do que a católica. 

Quando achei que o assunto estava encerrado e não seria minha filha se tivesse encerrado..

"Mas mãe por que você me obriga a estudar?"  La fui com outro discurso agora não mais sobre opção, mas sobre oportunidade. 

"Eu não te obrigo, eu te incentivo. Quando você vai a escola, você tem a oportunidade de aprender. Quando te coloquei na aula de música, você tem a oportunidade de aprender, o mesmo com o idiomas. A dança..Os livros, eu não te cobro, não te obrigo, te dou a oportunidade e te incentivo."

"O que você aprende na escola você irá levar pra vida. O que você aprende na igreja e nas religiões, você não depende a frequentar lugar nenhum para ter princípios éticos, você deve saber o que é certo, errado, sem precisar de religião para isso, é a base do caráter que te cobro".

Foi outra longa conversa sobre valores, mas eu sei o quanto foi importante para ela, pois ela parou para ouvir, com atenção e jamais deixou de questionar, sinal que estamos no caminho certo, não é porque somos pais que somos donos da verdade e ela tem o direito inclusive de nos questionar.

quarta-feira, 26 de julho de 2023

 Estou dormindo menos do que gostaria, meu humor está azedo por conta disso. Eu dormia de bruços, DE BRUÇOS!! Não consigo me adaptar a posição de barriga pra cima e ainda imobilizada.

Todas as minhas forças e auto controle estão a ser testadas, essa tipoia é o inferno em vida, quente..coça.

Melhor parte do dia é quando arranco pra tomar banho. É libertador..

Estou chateada comigo mesma, esse tempo ocioso, passo momentos tristes, queria ao menos dormir gostoso para o tempo passar mais rápido. 

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Desacelerar

 A pausa não foi uma escolha. Revivendo os ultimos tempos, a vida era corrida, muito. Eu estava esgotada. Cheguei a ir chorando todos os dias chorando para o trabalho,  remoendo o peso de carregar a dependência de todos nas costas. 

Eu me sentia sugada, toda a casa e a família centralizada nas minhas mãos, como se ninguém soubesse fazer nada ou decidir, atores cenográficos da própria vida e eu definhando para dar conta de tudo.

Ainda me sinto estranha, com esse tempo que não escolhi, com as horas que não passam. Estou tentando, dói. Dói...

A tipoia deixa meu braço suado. Meu braço coça, ter um braço "morto" por um tempo passageiro, mas só assim pra eu parar, desacelerar.  

Pequenos objetivos por dia, no mínimo higiene e procurando complicações e passa tempo por aí.

domingo, 23 de julho de 2023

Sempre passa

 Algum tempo atras eu tinha a superstição  de que anos ímpares,  não eram anos bons e por outros tempos deixei de lado, mas esse ano está se revelando um ano de mau a pior.

Na vdd a temporada de ma sorte antecede a esse ano, minha família vem lidando com doenças e perdas desde meados ďe setembro do ano passado.

Essa semana, cai e fraturei o umero direito. No trabalho. Levando uma caixa grande de um local para outro e o tamanho da caixa, apesar de leve, não me permitia olhar o chão, tropecei e vi tudo preto, consegui levantar, mas a dor no braço disse que algo estava errado.

Cai de madura.

E estou aqui, cultuando a paciência de escrever só e lentamente com a mão esquerda, em um domingo a noite, com um afastamento de mais de 90 dias do trabalho (no mínimo), era pra estar de férias viajando,  viagem foi cancelada e estou com tédio.

Ainda estou na fase de aceitação,  tentando não chorar mais, hoje com menos dor. Usando uma tipoia que só posso tirar pra tomar banho. Dormir de barriga pra cima, pra quem dorme de bruços. Sem conseguir cortar a própria comida, perdi até a vontade de comer. Não consigo colocar, tirar a roupa sozinha. Sem poder dirigir...

E ainda agradecer não precisar de cirurgia, que não foi totalmente descartada, vai depender da minha recuperação até o retorno ao ortopedista.

Odeio me sentir incapaz,  dependente..

Vai passar, sempre passa.

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Um helicóptero, uma piscina.

 E no meio do caos eu sonhei, sonhei e acordei com aquela sensação boa que somente sonhos bons trazem e sem a menor intenção de acontecer.

Era uma voz, em um dia cheio de sol, perguntava se havia espaço para pousar na área da minha piscina, eu olhava para cima e via o helicóptero e sorria, meu lado lógico e racional dizia que não, a voz dizia que sim e minha visão mudava de plano e eu passava a olhar de cima e via  uma piscina enorme com uma grande area verde, bem diferente da realidade, um sonho dentro do outro sonho.

A voz ja não era mais voz, eu o vi. E de cima nós olhavamos pra aquela casa, com a piscina e sobrevoavamos ali, e a teimosia minha, pois apesar de ver o espaço eu dizia que não havia espaço...por que eu vivo naquela casa e sei que a realidade não era como se via.

Acordei. Um sonho que me diz muitas coisas e o principal, que sonhos são para serem sonhados e não vividos.

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Salada mista

Parece que enfim o ano começou a engrenar.

Terminei o ano passado desejando muito férias, cansaço físico e mental me esgotaram, como sempre eu deposito inumeras expectativas nas minhas férias e uma dessas expectativas é a falsa sensação de "descanso ". 

Falsa porque eu fico a me enganar que pouco mais de um mês é suficiente para deletar 11 meses que passei. Nunca é, fica sempre o gostinho de quero mais, não quero voltar ao trabalho, e na verdade eu só empurro tudo para baixo do tapete.

Comecei o ano, logo começou a sessão "carro que não sai da oficina", estraga uma coisa, estraga outra. Ja estava apresentando problemas.. enfim não consigo ficar mais sem carro, dependo de levar Lígia pra cima e para baixo, em todo canto, mais de mês fazendo o que da de Uber e dependendo de Saponildo me levar nos lugares, detesto ser dependente.

Quando recupero minha independência,  pego uma virose do cão, isso ja fim de março. Entro abril, recebo visitas "não esperadas e tão pouco desejadas", o tão esperado feriadinho de Páscoa pra descansar já eras, comilanças e passeios...

E nesses passeios, eu pego dengue!!

Posso dizer que está entre uma das piores coisas que já senti. Uma semana com dor de cabeça,  enjoo, dores.. vegetando, em 1 semana consegui comer 1 dia, que foi quando achei que ia começar a me recuperar, do domingo acordo vermelha, coçando e cheia de pintas, mais uma semana com náuseas, e consegui comer 1 dia que foi quando achei que estava me recuperando novamente e foi então que começou as dores de estômago, mais uma semana com quase nada de comida.

E junto, doente todos os feriado. Que ódio!

E sobre ser mãe, enfim acredito que nasci pra ser mãe de pre adolescente precoce, por que pra mim ela ainda é criança. Um pouco mais que um bebê, mas foi ela que se preocupou e ajudou a cuidar de mim, até comida tentou fazer..vou pensar que a preocupação dela era genuína e não tinha nada haver a eu me recuperar pra apresentação de dança dela.

Eu sinto que agora as coisas estão voltanto ao normal, aquela rotina louca que eu tenho,  de quase não ter tempo para nada, acostumei ser assim, eu não sei o que fazer quando eu tenho um tempo oscioso, na verdade, eu faço m* se tiver desocupada. 

Enfim saudável, porém não muito, os 41 pesando e médico pediu pra controlar minha pressão por que ela está alta, acho que vou ter que melhorar a minha alimentação pra ver se não preciso de medicação.

São tantas coisas, tantas conversas internas, só vale seguir em frente sem olhar pra trás. 

segunda-feira, 3 de abril de 2023

Não mais

 Sabe quando você pensa que "não tem o que piorar!". Ahhh engano meu!! Tem!! Sempre pode piorar!! Decepção e frustração me definem nas duas últimas semanas. Como pode? É o que me pergunto.  

A pouco trazia Lígia da dança, passei por um homem que caminhava chupando um sorvete, ele nunca irá imaginar a invenja que senti dele.

A "imagem libertadora!". Eu queria estar vagando por ai, sozinha com meu sorvete. Não posso. Estar sozinha não me pertence mais. Esses momentos comigo mesma, somente na imaginação. 

quinta-feira, 2 de março de 2023

...

 

Me doi ter que estar pedindo, seja la o que for e seja la o porque. Também não sei o motivo, mas dói em algum lugar. Me incomoda o fato de ninguém ver que eu preciso de ajuda, e não são raros esses momentos. Acho que por isso eu sinto o peso nas costas e vou perdendo o brilho, por que ninguém consengue carregar o mundo sem perder o equilíbrio.

Não consigo esconder esse incomodo. É nitido o quanto isso me decepciona, é nessas horas que me sinto culpada por ser quem eu sou. Nunca reclamo de nada, também não sei por que sou assim, posso estar nas situações mais variadas e ta la Lucí, uma pedreira, no máximo instrospectiva remoendo. Chorar? Só longe dos olhos de todo mundo. “Ela não tem coração “. Talvez não tenha mesmo! (Pior que tenho, e ele dói).

“Ah ..mas a Lucí não vai se importar!”.

“Ela sabe se virar sozinha, sempre da um jeitinho!”.

E assim vou me virando, não que eu não precise de ajuda, preciso..só não quero precisar pedir, por que  pra mim ninguém precisa pedir, eu estou sempre a disposição.

Hoje foi um dia daqueles, daqueles tantos.. mais um pra conta dessa semana turbulenta, coisas acumuladas e acordei com uma dor no joelho que desce até o pé...e preciso de muita ajuda, mas o pior do que ter que pedir ajuda é alguém prometer ajudar e não cumprir, me feriu em dois lugares.. “pedir e a falsa sensação de ajuda”.

Já de pequena aprendi: “Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje”. Só não coloquei em prática ontem e hoje to fu*.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Sobre insatisfações

Nesse inicio de ano, como sempre, tivemos que participar de algumas formações. Um lado meu detesta, por que sempre são longes, cansativas e geralmente palestrantes que só sabem a teoria. Um outro lado meu também detesta, mas sempre da um voto de esperança.

Para minha surpresa, depois de 3 dias intermináveis,  cansativos, com palestrante "arrotando teoria", eis que surge um, no último dia, para fazer a diferença. 

Para variar, não guardei nome, não faço o estilo tiete, não fui pegar o contato e tão pouco quero ter contato, mas a formação dele me fez refletir muita coisa, um psicólogo de SP.

É sobre a eterna insatisfação.  Ele começa contando da vida dele.. em fases diferentes e como o "meio de locomoção " foi satisfazendo e deixado a desejar em cada fase, primeiro a bicicleta supria as necessidades,  depois a moto..o carro e no fim ele asume que hoje talvez "um carro com motorista particular " o deixasse satisfeito por um tempo.

Em como essas insatisfações sempre moveram ele para cada vez mais, buscar mais. Eu sempre enxerguei essa minha "insatisfação interna" como algo totalmente negativo, o fato de eu sempre estar buscando algo, querendo mais, é cansativo, uma luta frustrante, mas através dessa insatisfação eu conquistei muitas coisas, então não é de todo ruim.

Encontrar o equilíbrio,  ter essa " inteligência emocional", saber as batalhas que valhem a pena entrar, esse controle eu não tenho e assumo que estou longe de conquista-lo, que minhas "insatisfações ", me fazem ir para frente, ser a pessoa que eu sou, mas também me faz muito mal, por que o "sempre buscar" me consome emocionalmente e fora os milhões de sentimentos que eu carrego por não conseguir, por que não consigo me desfazer de inúmeras amarras que eu mesma me coloco.

Fica o registro.