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sábado, 14 de novembro de 2015

Tu escolhe...

Gata! Te dou duas opções:
 
1- Levanta daí. Toma um banho com água quente, um banho daqueles que é um afago na alma. Escolhe uma roupa que você gosta! Não pense no que os outros vão pensar ou falar, nem sempre o que você gosta é o mais bonito, é o que está na moda ou é o mais adequado. Aquela calça jeans larga, uma blusa solta e uma rasteira no pé ou aquele tênis velho, por que não? Você ama ele de paixão. Isso, agora falta o cabelo. Prende, faz um rabo de cavalo daqueles bem empinados e não deixa nenhum fio em desalinho. Coloco um brinquinho, um anel, pequenos. Passa um batom cor de boca e um perfume suave, a última coisa na vida que você quer é chamar atenção para si. Saía, saía pelo leite que você mamou de sua mãe, saía de casa. Vai no supermercado, na farmácia, na padaria. Aproveita e compra um sonho de creme, que é um beijo no coração. Faça qualquer coisa, mas faça. Leve a cachorra pra passear. Saía.
 
2- Não levante, de um pulo! Corre para o banho, tome um banho com uma água morna a fria, delicia, daquelas que dão um arrepio na alma, mas que acorda todo o corpo. Escolhe aquela calça jeans que ele odeia que você use e você sabe muito bem o porque. Aquela blusa que favorece o teu corpo. Com certeza não pense em conforto nesse momento. Aquele salto que você mal consegue andar. Solte esse cabelo, bagunce, de volume, jogue para os lados. As joias devem ter brilho. O batom? Aquele vermelho matte. E o perfume... o tipo que chega antes de você em qualquer lugar, pois o que você mais deseja é chamar atenção. Agora sente no sofá e espere ele chegar, convide-o para sair, não tem graça você se exibir sem plateia e a vingança é um prato que se come frio e não tem preço que pague aquela cara de ciúmes, quando o outro cobiça o material que ele não valoriza.
 
Agora fofa, se tu prefere ficar aí, chorando, reclamando pelos cantos.
 
Boa sorte querida.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

...

Todos os dias passo em frente daquela loja de "vestidos de noivas e alugueis de trajes festivos". Fazem semanas que meus olhos brilham por aquele vestido exposto na vitrine, ele é longo, tomara que caia, o tecido não sei, a cor fica entre um dourado claro e por cima toda aquela renda preta.

Ele é lindo!

Não sou de me apaixonar por roupas e menos ainda por vestidos assim, mas aquele tem um apelo especial, não sei o que é. Tenho pensando nele todos os dias e de longe não vejo nenhuma ocasião que eu pudesse vesti-lo. Ao certo nem sei que tipo de festa comportaria aquele traje, não é um vestido para formaturas, nem madrinha de casamento e nem para casamento.
 
É isso que me atrai nele, o inexplicável. A renda preta, eu amo renda preta!
 
Já pensei em ir la, sondar o preço e ate mesmo prova-lo. Sou insana demais pra isso e eu não me perdoaria de prova-lo e ele ficar deslumbrante e eu não traze-lo pra casa. Não mesmo, então eu não vou!
 
Ele é tão delicado e ao mesmo tempo tem uma impetuosidade, acho que foi feito para mim.
 
Já me conheço, sei como sou e quando me apaixono por algo, tomara que ele custo alguns "mil", só isso irá evitar de eu me apossar dele, apenas pelo fato de eu quere-lo, não que vá fazer diferença na minha vida!

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

E só!

Já se foram todos os feriados do ano e hoje minha última merecida folga. Fiz curso nas férias, então tenho direito e ai se eu não tivesse. Contagem regressiva para terminar o ano, para chegar as férias.
 
Ao contrário dos outros anos, esse ano estou empolgada, não somente pelas férias, pelo descanso, por tudo! Pacote completo, o ano passou tão rápido, foi um ano tão bom que nem senti, não estou a metade de esgotada que eu estava ano passado nessa mesma época, com um agravante, eu também estava esgotada emocionalmente.
 
Agora estou bem, estou feliz. Sim, tenho alguns problemas, quem não os tem?! Algumas coisas mal resolvidas... tudo tem seu tempo! E se não tiver seu tempo, não era pra ser! Simples assim! Ando dormindo muitíssimo bem, obrigada!
 
Esse meu bem estar deve-se a tantas coisas, pela minha mudança de horário de trabalho, pela troca de trabalho, por a Lígia já estar maior e mais independente, mudança de hábitos, de postura frente a vida, de colocar de lado certas questões da minha vida que não dependem só de mim.
 
Apesar do amargor na boca persistir a mais de 3 dias...
 
Hoje já nem sei ao certo o que vamos fazer, vou aproveitar para descansar um pouco mais.

domingo, 1 de novembro de 2015

...

Ela via a chuva fina cair, já era madrugada, longe dava para ouvir o Capital Inicial, alguns gritos, motores de carro, ela ali de olhar parado, pensava que não queria estar ali, que queria ir embora. Seus amigos ainda estavam na festa e a chamaram pra emendar o resto na noite naquele barzinho da orla. Ela não queria ir, mas não tinha muita opção: era ir com eles ou ir sozinha pra casa. Como? Aquela chácara era retirado de tudo. Eles tinham bebido demais, ela só queria ir pra casa, tomar banho e dormir, não estava em um dos seus melhores dias.
 
Ele chega devagar, ela percebe sua presença na penumbra. Ele não tinha a intenção de assusta-la. E não assustou. Ele sorri. Ela lembra da festa passada...
 
..  eles se esbarraram na porta do apartamento, quando ela entrava. Ele já tinha bebido demais e ela já estava chegando quando a festa estava terminando. Eles se olharam na porta, ele apertou as bochechas dela e disse a ela que ele a achava linda. Ela devolvia o sorriso com vergonha, os amigos o puxaram e ele se foi.
 
Ela afastou a lembrança da cabeça, talvez ele nem lembrasse mais do sábado passado. Ele parecia estar sóbrio. Ele sorri e pergunta se ela estava triste. Ela mente, dizendo que não. Na verdade ele queria saber o que ela estava pensando mas ela não quis compartilhar com ele seus pensamentos, não naquela noite. Outras viriam.
 
Ela reparou pela primeira vez a tatuagem que descia pelo seu pescoço para as costas. Não ousou perguntar o que era. Não naquela noite. Outras viriam e ela aprenderia a desenhar as garras daquele pássaro só com o fechar dos olhos.
 
Ele ainda sorria para ela. Ela não estava em uma boa noite para conversas, sorrisos. A chuva continua a cair e ela so pensava em ir embora. Ela se despede dele... resolveu ir. Ele a puxa pelo braço e pede desculpas pelo final de semana anterior, ela apenas sorri timidamente.
 
Ele não sabia o que fazer e o que dizer.
Ela também não.
 
Ela foi andando, decidiu procurar uma carona. Ela olhou pra tras e ele ainda estava ali parado, sem reação.
 
Não naquela noite, outras viriam.
 
***
 
Eu sei que anjos vão para o céu!
Uma cena perdida no tempo e revivida enquanto escutava Capital Inicial.
Amanhã é finados e as lembranças vem a tona...