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terça-feira, 29 de agosto de 2023

Pedindo limites

É, eles pedem limite e controle, sou obrigada a concordar com os profissionais da área.

Já ouvia a conversa em casa que os "colegas" os pais colocaram aplicativos para controlar o celular, mas eu protelei ao máximo a chegar esse ponto, sou adepta da conversa, da troca, do entendimento e liberdade com consciência,  mas ela não quis aprender do jeito fácil,  então faço eu o meu papel de mãe, antes que a vida a ensine.

Já estava incomodada com ela, com a postura dela diante das coisas: ir para os cursos reclamando, nada está bom, sai com o pai, ja volta de mau humor, por que? Por que são momentos em que ela tem que se desvincular do celular.

A métrica para tudo era o que acontecia online, brigavam e discutiam e ela soltava o mau humor em cima de nós, não podiamos falar, conversar. Ela ja estava ofensiva, isolada.. depois de uma conversa ensaiava uma melhora, mas logo voltava para o antigo comportamento em não ter vontade de fazer mais nada.

Essa semana ainda conversei com ela, sobre ela ter essa liberdade que os amigos não tinham e que devia aproveitar por que eu estava cogitando fazer esse controle. E realmente, eu ja sabia que ia fazer só estava dando a última chance.

Na quinta, como é uma tarde livre, orientei que eu queria o quarto arrumado, porque o caos estava instaurado, não dava para entrar porta a dentro. Lembrei a ela que caso não arrumasse iria tirar o celular e fim de semana estava ai, é quando eu libero ela para dormir com ele, por que as 21 eu sempre guardo pra ela dormir.

Sei que passava pela porta do quarto, o trabalho não rendia, ela não negou em fazer,  mas disfarçava, lógico que ela estava no celular, não sou boba e ja havia comunicado a consequência. 

Na sexta, eu ia passar o dia todo no hospital, entre raio-x e ortopedista,  meio dia enviei mensagem pedindo que ela fizesse o combinado: tirar o lixo, alimentar os bichos, guardar a louça da lava-louças e arrumar o quarto, tudo depois de almoçar.

Quando cheguei, para a não surpresa minha, ela não havia feito nada, mas o que mais me indigna são as cachorras sem comida e sem água, retorno a avisar pra ela fazer, ela vai para o quarto fingir que arrumá, chega o pai que vai conversar com ela, retornando a lembrar que teria consequências se ela não fizesse e ela pra ele "to cagando".

Foi a gota d'água,  perdi toda minha paciência e tirei o celular dela por tempo indeterminado, busquei opções desses apps de controle,  olhei todos e coloquei um de controle parcial, por que queria deixar ela com alguns acessos livres.

A mágica ocorreu, ela ficou feliz, arrumou o quarto, estava gritando para ter limites, agora ela tem assunto com os colegas, afinal a mãe também controla o celular dela. #sqn

A felicidade durou até ontem, entre 13h e 14h ele desbloqueia para ela descansar depois do almoço até a retomada das atividades da tarde, estudar coisas da escola, música e inglês. E parece uma droga, só naquele tempo de liberdade voltou tudo novamente. Fiz o bloqueio dos apps que haviam ficado livre como: duolingo e spotify. Passei pelo o quarto e ela ouvia as lições do app do curso de inglês e não fez nada novamente,  dormiu a tarde toda e ficou de mau humor..

... reclamando que agora o celular só servia para fazer ligação e tirar foto. Oi?! Fui obrigada a lembra-la que a origem do celular é fazer ligação e teve um bom tempo que nem tirar foto eles tiravam.

Eu luto com as armas que tenho nessa guerra, aguardem cenas dos próximos capítulos,  talvez se nada mudar terei que fazer bloqueio total.

Ahh mas porque não tirar de uma vez? Por que sou malvada, ela terá que aprender a conviver com o vicio, para ela esta pior ter o celular em mãos e não poder mecher do que simplesmente eu guardar. Veremos...

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