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quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Um dia de sol...

Entre indas e vindas por ai, no carro, voltando da fisioterapia... a rádio de sempre me faz companhia e de fundo Papas da Lingua.. e eu em pensamentos que estão me acompanhando faz tempo, inspirou me a escrever...

Sobre tudo aquilo que esta escondido e não digo a ninguém.

Estou morrendo de medo, e nem figura de linguagem é, isso está a me consumir por dentro, temo que meu braço nunca mais volte ao normal. 

Quando naquela tarde sai da sala do ortopedista, feliz por enfim posso dizer que o osso cicatrizou porém com a nada delicadeza e franqueza que ele vomitou o prognóstico em cima de mim .. "mesmo que tu faça tudo direitinho, tu irá ficar com uma rigidez no braço".

E eu que estava toda animada com a fisioterapia, quem enfim iria recuperar a minha vida.. 

...  ja estou quase finalizando as 20 primeiras sessões,  e o progresso é lento, já foi pior, mas está longe de ser bom e aceitável. 

Sinto dores.  Elas ja fazem parte do meu dia. Nem me preocupo com o estético, por que olhando parece normal.. mas a questão de não ter mais essa flexibilidade.  Não perdi a força,  nunca fui atleta.  

O que me incomoda é essa dificuldade do braço dobrar para tras e fazer o moviento de amarrar o cabelo, coisas que parecem tolas, mas estão me angustiando, ficar nessa expectativa de ter ou não sequelas, eu estava animada por que de inicio sabia onde queria chegar, era votar ao normal e agora é como se estivesse no escuro, eu não sei o limite. 

Voltei a dirigir, o carro ajuda por ser automático,  se fosse manual ja nao daria, ja me sinto mais dentro da normalidade e menos dependente. 

Eu dirijo mas não consigo amarrar meu próprio cabelo. Seria comico se não fosse trágico. 

Pode ser tudo preocupação desnecessária da minha cabeça e que daqui algum tempo eu ria disso. Só estou cansada dessa pressão psicológica interna. 

(Ponto)

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Reflexões de supermercado

 Passando pelo corredor das geleias, ia parar para olhar e escolher uma.. porém..

... um casal discutia bem na frente de onde eu queria parar.

Ela queria da marca tal e ele na maior grosseria dizendo que era só marca, que o que valia era só o produto. A cena era mais engraçada de se ver do que eu descrever, por que era eu praticamente no meio deles, tentando olhar os "sabores" que estavam atrás deles, enquanto eles discutiam com um sotaque certamente nordestino e que muita coisa que foi dita ali eu não entendi.

Sei que desisti e fui atras de Saponildo ja ia mais a frente.

Em outro corredor, um casal discutia de forma "tão nhenhem" trancando o corredor que pareciam sem vida, sem baixaria.. a gente queria ver show, mas não.  Era eu e Saponildo se olhando e esperando eles se tocarem que estavam obstruindo a passagem.

Ja na na gloriosa fila do caixa. Mais de 1h, o casal a frente vai passar as compras. Era pra ser um trabalho em equipe, um passa a compra e o outro ja vai ensacolando. 

Era.

Por que o casal a frente, a mulher, pobre coitada passou a compra, enquanto ele parecia um Buda, melhor, parecia um açucareiro com as mãos na cintura. Depois ela foi ensacolar tudo e o bonitão só foi pagar. Ela ainda saiu empurrando o carrinho cheio.

Naquelas reflexões que só eu faço nos momentos mais adequados, olho para Saponildo:

"-Tu é ogro! Mas sabe o que me conforta? Que tem coisas bem pior por ai..".

(.. ele nunca me podou sobre qualquer coisa que compramos e nem pergunta para o que serve. Se vamos discutir a gente tem classe, um mando o outro "tomar no c*" e esta tudo bem! E jamais empurro carrinho, ergo peso.. por que eu sou delicada demais aos olhos dele)