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sábado, 26 de setembro de 2015

...Bateu de frente...

Fez quase um mês em que ela chamou todos os funcionários para a reunião e foi perguntando de um por um quem ia trabalhar no dia da festa. Chegando na minha vez, disse que não ia trabalhar no dia, pois não queria ir como funcionária e sim como família, pois minha filha estuda no mesmo local que eu trabalho e eu queria participar da festa e não ficar trabalhando, mas não disse tudo isso a ela, não era preciso ela sabe disso, disse não e que ia apenas como família.
 
Aquela mulher arregala os olhos de um tanto, parecia que ela ia me devorar inteirinha, da cabeça aos pés. Eu vi ela digerindo o sapo que estava entalado na boca, mas ela sabe que em relação a isso ela não poderia fazer nada, o jeito era engolir em seco e pronto. Ela não pode obrigar ninguém trabalhar em um evento fora do horário.
 
A questão não era essa, ela não gosta de ser peitada. E eu peito com o maior prazer da vida, só pra ver ela ter que me engolir. Medo? De mulher e nem de homem! O que ela é a mais do que eu? Nada, ela só está no cargo máximo, mas do jeito que andam as coisas, ela tem que pisar miudinho, por que se ela cair eu piso em cima e ainda dou uma piscadinha pra ela.
 
Depois de quase um mês do ocorrido. Ontem ao me perguntarem se eu ia na festa, soube por uma pessoa que é da minha confiança, mas que tenho pouco contato, que no dia ela andava esbravejando pelos cantos que uma funcionária teve coragem de dizer na cara dela que não ia trabalhar na festa.
 
E a festa começou e terminou. E estava tudo lindo, comida maravilhosa, fiz minha parte no meu horário de trabalho... mas na hora.
 
Curti minha filha, meu marido.
 
Brilhei.
 
...mas por varias vezes vi ela cochichando pelos cantos e olhando para mim, então é só aguardar as cenas dos próximos capítulos que com certeza vai ter.
 
Não faço o tipo "amiguinha" de ninguém. Não preciso disso, quem gosta ..gosta. Quem não gosta, é só dois trabalhos: não gostar e morrer de inveja.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Junto com a primavera vem II...

Faz um ano que nossas vidas ensaiaram um reencontro, o que a gente não sabia era que envelhecemos e com tudo isso veio a maturidade. Nossas vidas seguiram caminhos que bem provável que nunca mais se cruzem.
 
Corações afastados que apenas carregam lembrança de uma juventude vivida intensamente, cheia de alegrias e decepções. O dia de hoje, não é pra ficar triste, é para comemorar. Sim, eu vou estar ao seu lado, em pensamento.. como sempre estive.
 
Olhe para os lados, vera meu sorriso em outras bocas e meus olhos em outros olhares. Permita-se lembrar. Apenas lembrar de como tudo foi intenso entre nós, que tivemos inicio, meio e o fim que nunca chegou e que não tivemos aviso prévio que acabaria.
 
Somos donos de nossos pensamentos.
 
Viva, ame.. e lembre que a Lucí aqui nunca te esquecerá, porem de longe, por que a vida e você escolheram assim!
 
Felicidades!

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Obrigada.

Eu havia chegado em casa, ligado a TV da sala, enquanto ia procurar algo o que comer na cozinha. Passava o jornal, da cozinha ouvi uma voz que reconheci, corri até pra ver do que se tratava, por que toda vez que ele aparecia para dar entrevista, geralmente as noticias não eram boas, na verdade dessa vez era pra informar que eles estavam fazendo um novo treinamento de resgate.
 
Ele já não é mais tão jovem, tem uma seriedade na fala e quem não o conhece acredita que ele seja assim o tempo todo, o cabelo já não tem mais os cachos, as entradas se sobressaem e a barba já apresenta sinais de que está vindo mais clara. Os olhos ligeiros, o sorriso largo e ingênuo. O cara mais querido e mais fofo que já conheci.
 
E já conheço a tantos anos. E se eu acredito em destino? Acredito sim, por que a vida me deu tantas provas, que ninguém entra em nossas vidas por acaso. Ele é uma delas. Nesse mesmo dia, mandei uma mensagem, afinal pessoas como ele são raras, arriscam a vida pra salvar a vida de outras. Salve os bombeiros! Eles tem minha admiração!
 
Não haviam pretensões em minhas palavras, afinal foi um colega, amigo querido, que fez parte das minhas alegrias e das minhas tragédias, ele diz que eu fui o primeiro salvamento que ele fez. Quando no meio de uma aula de fotografia, meu nariz resolveu sangrar e não parou mais e foi ele quem correu comigo pro hospital.
 
A gente se conheceu, sem saber que já se conhecia. Na época frequentávamos uma sala de bate papo, coisa da faculdade, eram pessoas aqui da região. Lembro que eu viajava no outro dia de manhã. Todo mundo saiu e um "nick" ficou conversando comigo, até o dia amanhecer, que ficou com meu contato, mas logo que o nick entrou em contato comigo, eu bloqueei, eu namorava outra pessoa.
 
Uns 2 anos depois disso, eu voltava a faculdade, em outra turma. Entrou um trio na sala, eu já os tinha visto varias vezes pela faculdade, eles não se misturavam. Um que so andava de preto, a menina que tinha uma deficiência física e o alto que ficava com o cabelo no rosto.
 
Como não tinha mais lugar, eles sentaram comigo na mesma mesa. Iniciaram-se os projetos, perguntei se podia entrar no grupo deles, e os estranhos eram pessoas legais. No mesmo instante, eu olho aquele nick que misturava letras e números, escrito e desenhado em todos os materiais, e fui tirar a duvida e para isso foi obrigada a perguntar. Sim, era o tal fulano.. eu tive que assumir que o havia o bloqueado e minhas motivações para isso. Estreitamos laços. Eles eram legais. Foi uma amizade rápida. O trio já se conhecia  a bastante tempo, e eu estava chegando naquele momento.
 
Nosso primeiro e único trabalho juntos foi a produção de um vídeo, quem em mil oitocentos e bolinha era tudo mais difícil, tivemos que filmar, digitalizar. Ele era perfeccionista, os outros dois não queriam nada com nada, nos dois tivemos que dar conta sozinhos. Uma noite, eles me convidaram pra ir para o barzinho, eu disse que não podia ir pois meu marido estava esperando.
 
Ele se surpreende e vi o mundo desabar naqueles olhos, a menina pergunta se ele não havia reparado na aliança no meu dedo, ele diz meio que boquiaberto que anel, era só um anel. O amigo querido que sempre estava por perto. No final da gravação do filme, a gente estava sentado em um banco, ele virou a câmera, me abraçou, falou umas bobagens, a gente ria e eu já estava brava, pedia pra ele parar de gravar.
 
Depois daquele incidente do meu nariz, muita coisa aconteceu, eu fiquei doente, ele até tentou por varias vezes me ajudar, colocava meu nome nos trabalhos, me ajuda a fazer outros, a verdade é que eu não consegui mais acompanhar e fiquei para tras até parar de vez. Quanto voltava pra casa após um período de tratamento ele me fazia companhia no msn, até eu dizer que estava cansada e estava no inicio da febre do youtube, ele ficava me mandando link de vídeos pra eu ver, tinha predileção por Evanescence que segundo ele, eu era muito parecida com a vocalista, eram os olhos dele, talvez a palidez da pele e olhe lá.
 
Em meio a essa turbulência na minha vida. Eu me afastei das pessoas, algumas eu disse Adeus, outras não, ele eu acabei bloqueando novamente, acompanhava a vida dele pelo status do msn. Fiquei feliz em saber da formatura. Quando ele resolveu mudar radicalmente, quando ele passou pra Bombeiro e a vida foi e veio.
 
Quis o destino, que vim fixar residência na cidade em que ele carrega como natal, a família dele continua morando no mesmo lugar e foi meio inevitável as nossas vidas não deixarem de se cruzar por aqui.
 
Na resposta a mensagem que eu enviei, ele me disse que era bom que eu mantesse uma distancia saudável dele, que afinal de contas ele continuava sozinho e eu casada e que a paixão que um dia ele sentiu por mim, estava adormecida e que podia acordar a qualquer momento.
 
Em anexo ele me enviou o vídeo. Gente, fazem tantos anos, a gente era tao jovem! Me deu saudades!
 
Bom, ordens de uma patente a gente bate continência.
 
Boa sorte meu amigo e que essas palavras aqui te sirvam de motivação para continuar a ser quem vc sempre foi. Foi a forma que eu encontrei para agradecer o que vc representou na minha vida, viu como eu lembro?
 
;)

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Só as vezes...

Eu acordo todos os dias as 5h! Levanto da cama, o dia ainda está nascendo. Vou ao banheiro, faço xixi, olho para o espelho e a cara amassada com todo o sono do mundo nas costas. Troco minha camisola por um conjunto confortável de moletom. Desço as escadas, coloco a ração e troco a água da Pink e do Cascão. Tomo um copo de iogurte e saio. O dia ainda amanhece, ando..ando..ando, o silencio me acompanha. Respiro ar puro e penso em tudo, penso em nada. Pelas mesmas ruas...
 
Depois de meia hora volto pra casa. Como uma banana, volto a subir, pego uma roupa, vou para o chuveiro, deixo a água quente cair no corpo, fecho os olhos e penso..penso...penso. Saio do banho, me seco, passo creme, escovo os dentes, coloco a roupa, faço um rabo de cavalo no cabelo, passo protetor solar no rosto, pinto minhas sobrancelhas, passo rímel e batom. Estou pronta?! Não.
 
Saponildo acorda...Arrumo a cama.
 
Vou até o quarto da Lígia. Acordo ela, faço sua higiene, coloco roupa, arrumo o seu cabelo. Descemos todos juntos, eles tomam café, eu dou uma olhada nos e-mails, recados e qualquer forma de comunicação on line, escuto o jornal da manhã, presto atenção no cara da meteorologia.
 
Saponildo tira o carro da garagem, enquanto pego as bolsas, ele coloca a Lígia na cadeirinha. Saímos pro mundo, cada um para a sua própria vida.
 
Trabalho...trabalho, sorrio, converso...penso..penso... tomo café. Não meu caro, eu não tomo café, como uma fruta. Trabalho..trabalho... penso..penso e vou para o almoço. Como, converso, observo, escuto e falo.
 
Saio do trabalho. Chego em casa, como uma fruta, coloco roupa na máquina, coloco louça na máquina. Subo, organizo o que precisa. Desço organizo o que precisa. Uma vez por semana passo aspirador e pano e tiro o pó.
 
Sento no sofá. Assisto Law & Order. Saio buscar a Lígia. Andamos, as vezes de carro, as vezes a pé, depende do animo, depende do tempo. Chegamos em casa, alimento ela... subo com ela pro banho, dou banho nela, troco a roupa, seco cabelo, passo creme, talco, deixo-a linda e cheirosa.
 
Desço, coloco ela na sala, ligo a Tv nos desenhos que ela gosta. Vou a cozinha, preparo o jantar.
 
Saponildo chega.
 
Jantamos, conversamos, as vezes discutimos alto, as vezes discutimos em silencio. Depois da janta, temos tempo livre para cada um fazer o que gosta, ver novela, filme, jogo... a Lígia brinca. Tomamos chá. Ela dorme. Ele a leva no colo pra cama. Eu vou para o banho, leio um pouco e durmo. Por que no outro dia, começa tudo novamente.
 
Finais de semana. Sábado é dia de compras, passeio e domingo é o dia da preguiça, do descanço e de comer chocolate e pipoca vendo filme.
 
Caro (a) Anonimo (a), será que eu preciso mesmo de um psiquiatra?
 
O que todos veem, o que eu represento para todo mundo, não importa!
O importante é o que eu escrevo aqui, onde meu pensamento é livre e eu sou livre!
 
As vezes eu não durmo bem, as vezes eu não como direito, só as vezes... o importante é que eu não desisto de viver a vida! E se as vezes eu fico triste, é pq eu tbm fico feliz as vezes...

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

A paz perdida...

Inicio e termino a semana fechada dentro de mim. Mais uma vez ele estrega e rouba a pouca felicidade que eu ainda consigo despertar. Fechei-me novamente e o mundo voltou a ser nublado como esses dias que se passaram.
 
Não estou disponível para ninguém, nem para conversas, nem para sorrisos, novamente a nuvem de tristeza paira sobre mim e as vezes não se precisava muito, somente um pouco de compreensão.
 
Eu apenas tento e desisto.
 
Passei a semana desmotivada, que se realmente eu pudesse eu abandonaria qualquer coisa pra dormir por dias no meu quarto escuro. Se estou em casa, não tenho vontade de ir para o trabalho e quando lá estou, não quero voltar para casa.
 
Minha língua destilou palavras avulsas, frias e mecânicas a quem insistiu em tentar um dialogo.
Não, eu não queria conversar.
Eu não quero atender telefone, e eu não atendo.
 
Eu apenas estou triste.
Desanimada.
Apenas queria ficar só.
 
 
Só, eu sei que nunca mais serei.

domingo, 6 de setembro de 2015

feriadinho..

Eu sou aquela que entra na segunda já pensando na sexta. Final de semana significa sair da rotina, dormir até um pouco mais tarde, comer sem pressa. Significa mais tempo juntos, mais sorrisos, mais brigas e mais ou menos de tudo que durantes a semana não dá.
 
Os dias voam na mesma intensidade com que o final de semana termina. Então quando o calendário aponta um feriado não tem como sorrir em dobro, vai sobrar tempo e ao mesmo tempo irá faltar dias pra descansar, passear.
 
Não nesse feriado. A chuva nos escolheu e continua a chover. Frio e umidade, o que resta é os três entocados em casa, oras comendo, oras brigando, oras gargalhando...oras vivendo. Vivendo felizes.
 
Acho que é isso, a vida anda boa, anda tranquila, passando a passos largos.
 
Eu ainda estou com medo de acordar.
 
Por favor, feche a porta e me deixe dormir um pouco mais.
 
A vida pode ser doce, olhe para dentro de si e procure coisas bonitas... todo mundo tem um lado bom e outro nem tanto.
 
E eu poderia escrever em Código Morse... mas pra que?! Eu nunca me senti tão livre...
 
Livre de mim mesma!