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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

...

...1 minuto de silêncio para uma amizade que morre...

Lamento.


você vive, você aprende...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Olhos desvendados...

Maria Gadú - Lounge

Eu e você assim de perto dá
Pra eu me perder de vez nas tuas tintas
Me dê uma noite, um pouco da manhã
Só pra eu sacar se os olhos mudam de cor
 
Eu nunca prestei muita atenção no porque meus olhos mudam de cor. Apenas sabia que cada dia eles tinham uma tonalidade, entre castanhos escuros, amarelado e esverdeados.

Acreditava que assim como meu humor, eles mudavam conforme o tempo. Em dias ensolarados: amarelos como o sol e em dias escuros nublados e chuvosos, pareciam escurecer.

Fui alertada da possibilidade deles mudarem conforme minhas emoções. Nunca havia pensado nisto, e ninguém nunca prestou atenção suficiente neles para chegar a essa conclusão. Ocorreu-me que eu escondo tão bem as minhas alegrias e minhas frustrações, que óbvio que meus olhos mintam para as pessoas, assim como eu.

Então eu seria a única responsável para descobrir se essa mudança também poderia ser pelos meus sentimentos.

Ontem a noite, após uma conversa franca com meu marido, uma conversa daquelas abertas, que emoções são expostas e que eu saí cheia de boas energias. Sabem quando a cabeça parece uma caixinha de sonhos, foi assim que saí dessa conversa, vivendo sonhos por antecipação, mesmo que eles só venham se concretizar daqui a 6 meses, eu já estava vivendo intensamento tudo aquilo, e lembrei dos meus olhos, corri até o espelo, e para minhas surpresa eles estavam lindamente amarelados e cheios de vida. Fiquei feliz pela descoberta, afinal não tinha a claridade do dia, nem sol, nem chuva.

E hoje eu descobri que eles ficam lindamente esverdeados quando estou triste.

Um dia feliz, no outro nem tanto. Mas agora eu sei que meus olhos não mentem pra ninguém, apenas nunca ninguém se deu ao trabalho de desvenda-los, nem eu mesma. Até ontem...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Delícia de nostalgia!

Eu fiz cursinho pré-vestibular. 1 ano e meio. Isso em 19000 e minha vó gostosa. Lá já se vão 10 anos. É olhando pra trás e lembrando dessas coisas que eu me sinto um pouco vivida (velha).

Um dia eu sonhei em seguir uma carreira de Designer Industrial. Lutei pra isso (e disso eu jamais posso esquecer!). Minha ambição era entrar na federal do RS e para isso eu tinha que estudar muito. Poucas vagas, muita disputa, mas era um sonho (apenas mais um sonho).

Menina do interior, com histórico de 3 escolas públicas. O cursinho de cidade pequena é de péssima qualidade. Eu sei que não é o lugar que faz o aluno. Eu sempre tive boas notas, boa aluna aí é outro departamento e no cursinho não foi diferente.

Era bem puxado pra mim. Estudava o terceiro ano pela manhã. Trabalhava com meu irmão a tarde. E a noite? Todas as noites eu tinha cursinho assim como nos sábados que eram revisão.

Na época tive que abrir mão do inglês, por que não tinha tempo e nem dinheiro, tive que fazer escolhas. Escolhas importantes pra quem só tinha 17 anos.

Eu não tinha tempo para mim.

Como Lucí???

"E aquelas aulas de Geografia que vc matava toda semana do cursinho?"

É eu assumo. Eu matava todas as aulas de Geografia e Espanhol do cursinho. E nesse tempo livre ia com umas amigas para praça colocar conversa fora.

Não passei no vestibular que eu queria, passei em outro, ingressei em outra universidade, mudei de cidade, mudei de estado, mudei de amigas...

... mas nem uma ponta de arrependimento, as matérias que deixei de rever, não valem as lembranças que eu guardo daqueles momentos!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Palhaça, eu?

Em algum lugar eu vi a expressão "não existe nada mais triste do que um palhaço triste".

O palhaço é o símbolo da alegria e felicidade. Só esquecemos que por trás de toda aquela pintura existe um ser como nós, com suas fraquezas e ele tem sim o direito de chorar, mas e quem aqui já viu um palhaço chorando? Ninguém vê, eles só mostram suas alegrias e as tristezas, essas ficam escondidas e guardadas para si.

Assim eu me sinto.

Como uma palhaça. Não como uma palhaça no sentido real da palavras, mas no sentido de "esconder minhas fraquezas".

Quando eu criei o blog, meu principal motivo era: Desabafar. E por vezes fiz isso, até começarem a aparecer as críticas e eu me perder, comecei a me preocupar muito mais com o que as pessoas que liam estavam pensando sobre mim, do que o meu sentimento que eu precisava extravasar.

Não sou uma palhaça e nem meu blog é um circo. Não tenho obrigação de levar entretenimento e nem alegrias a ninguém. Eu tenho obrigação comigo, em ser sincera, em colocar pra fora o que eu penso, o que eu sinto. Por isso é um blog anônimo. É aqui que eu gostaria de me expor sem ser criticada ou rotulada.

Se eu dei abertura e você considera-se um amigo que eu chamaria de intimo, siga e critique-me, eu saberei ouvir e entender. Caso contrario, nem tente! Eu não me importo com que não vale a pena, afinal eu não sou palhaça.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

4, 3, 2, 1....

Angustia.
Desespero.
Tristeza.
Raiva.
Irritação.
Intolerância.
Medo.
Saudade.
Calor.
Teimosia.
Fúria.
Inquietação.
Infelicidade.
Agonia.
Preocupação.


Pegue todos esses ingrediente e coloquem em uma bomba.

Essa bomba sou eu! Esperando quem vai ser o primeiro a acender o meu pavio!

4, 3, 2, 1.........

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A Dona Aranha...

Ainda bem que eu sou uma pessoa extremamente observadora! Fato.

Dia desses. Pela manhã abro o guarda-roupas,  e pá. Antes de por a mão das roupas me deparo com uma aranha de uns 6 cm de diametro, enorme pernilonga, deleitando-se nas minhas roupas. Com o coração na boca. Fecho o guarda-roupas e sento na cama a sua frente.

Passo ali mais de uma hora, olhando pra ver se ela não ia sair de lá.

Se fosse um caso de extrema urgência como no dia da Caixa de Descarga (leia AQUI), eu ligaria sim, para o maridão vir me socorrer, afinal essa é uma das utilidades dos homens, mas como eu achei que ia sobreviver até ao almoço, a Dona Aranha poderia esperar e eu também.

Eis que o "maridão" chega em casa e junto com ele toda a ignorancia que um homem pode carregar no corpo, por motivo fútil inicia-se uma discussão e ele acaba por sair pisando duro de casa e adivinhem:

A Dona Aranha continuou residindo em minhas roupas.

Lógicamente vários pensamentos me acompanharam durante a tarde que se seguiu, como o ato dela se multiplicar, com direito a filhotes, marido, tia e netos! Não é exagero é pavor desse bicho medonho. Ou ela sair de lá e me perseguir pela casa. Ou em pior das hipóteses ela sair de onde estava e se esconder, e eu como poderia dormir no mesmo quarto que ela?

Final da tarde, chega "maridão". Eu já suplicando, implorando, berrando, tendo chiliques para que ele tirasse aquele bicho que ainda dormia em minhas roupas, eu precisava de um banho, eu precisava do meu quarto eu precisava que ELA SAÍSSE DE LÁ.

E maridão, pasmem, saí com a pérola:

"Já que você é toda bravinha comigo, devia ter coragem de tirar ela de lá".

Eu em quase estado de choque. Apelei para a psicologia masculina que sempre funciona:

"Se tu não ir tirar aquele bicho de lá! Eu vou pedir pro filho do vizinho fazer, aí vai ficar bonitinho pra ti".

Lógico que homem nenhum iria aceitar que um outro homem mate uma aranha em sua própria casa, enquanto ele, o macho do lar está em casa e deveria defender sua família do mal.

Maridão conhecendo a loucura da mulher aqui, não duvidou. Pegou uma tolha, pegou a bichinha e levou-a para o terreno baldio da esquina.

Ufa! Assumo, eu sou mulherzinha e tenho medo de aranha!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

E as bodas de madeira?

É meu povo que entra aqui nesse blog procurando a palavra milagrosa "Bodas de Madeira". Não sei o que tá havendo. Deve ser um evento super pop, de alguém muito importante que estão levando as pessoas fazerem inúmeras pesquisas no google, porque todas os dias eu tenho no mínimo 2 pessoas que chegam até aqui por causa dela.

Pois é meu povo, posso garantir a vocês que Bodas de Madeira, já eras. No próximo mês completo Bodas de Açúcar, 6 anos de casamento.

Não tenho nenhum evento chique preparado. São apenas 6 anos de uma "dupla de dois" dividindo a mesma casa e conforme os anos forem passando eu vou acrescentando apenas anos de união, sem festejos. Eu sei que deveria comemorar, afinal hoje em dia o casal que consegue passar mais de um ano sob o mesmo texto merece muitos fogos e brigadeiros.

Não é nosso caso. Agora se você que entra aqui através dessa palavra quer algumas dicas para também chegar até as Bodas de Açúcar, o negócio é assim:

Muita, mas muita paciência e o principal: "Nunca deixe de ser você mesma, para agradar um parceiro, homem nenhum no mundo merece sua despersonalização"

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Onze minutos - Paulo Coelho

O primeiro livro que li esse ano:

Onze minutos - Paulo Coelho

Ele é um escritor criticado, tenho para mim, criticado por quem não leu sua obra. Esse livro como ele mesmo faz menção na dedicatória, é um livro diferente dos outros já escritos por ele. Ele o dedica a um homem que encontrou pelo caminho e disse que lia seus livros porque suas histórias o faziam sonhar. Corcordo. Paulo Coelho me permitiu sonhar com o mundo encantado. É um escritor de conto de fadas para adultos.

De inicio pensei que seria impossível não gostar de um livro já escrito por ele, que era impossível o livro não ter um encatamento e não me permitir sonhar. Ele estava certo, esse foi um livro diferente dos demais que já li.

Não me fez sonhar com anjos como em As Valquirias.
Não reascendeu minha fé como em Diário de um Mago.
Não me permitiu questionar o destino como em O Alquimista e Maktub.
Não me fez acreditar que bruxas existem como em Brida e nem em super heróis como Manual dos Guerreiros da Luz.

Onze minutos, é a realidade nua e crua, doa a quem doer. Fala abertamente sobre sexo. É um novo tema-tabu proposto pelo escritor. Ele inicia o tema através de sonhos e fantasias, quem de nós quando meninas não sonhamos com principes encantados e com o passar dos anos e com a maturidade chegando deixamos de acreditar piedosamente no amor?

O nome do livro é uma alusão ao ato sexual em si. Segundo a personagem esse é o tempo gasto no ato em si. Já que ela é uma garota de programa, e entre a saída do seu local de trabalho é o que resta para o homem que paga por seu oficio é onze minutos, o restante faz parte do teatro.

É a história de Maria, uma prostituta brasileira que sai fora de nosso país.  Ela não nasceu prostituta, ela nasceu como todas nós mulheres, uma menina cheia de sonhos e que a vida se encarrega de mostrar todas as facetas e decepções no amor. A descredibilidade de Maria em relação ao amor, me levou a crer que o final seria realista, que ela seria prostituta até o final de seus dias, mas não.

O encanto do livro está no final, todas as passagens escritas nos levam a crer que será um final como ela nos faz acreditar, mas não. Principes encantados existem ao menos em um livro de Paulo Coelho.


Algumas partes do livro que quero deixar registradas:

"O amor está mais associado à ausência que à presença da pessoa."

"Embora meu objetivo seja compreender o amor,e embora sofra por causa das pessoas a quem entreguei meu coração, vejo que aqueles que me tocaram a alma não conseguiram despertar meu corpo, e aqueles que tocaram meu corpo não conseguiram atingir minha alma."

"Ando pelas ruas, olho as pessoas, será que elas escolheram suas próprias vidas? Ou será que elas também, como eu, foram 'escolhidas' pelo destino?"

"É assim o mundo: falam como se conhecessem tudo, e se você ousar perguntar algo, não sabem nada."

"..ele está vendo a minha alma, meus medos, minha fragilidade, minha incapacidade de lutar com um mundo que eu finjo dominar, mas do qual não sei nada."

"A paixão faz a pessoa parar de comer, dormir, trabalhar, estar em paz. Muita gente fica assustada porque quando aparece, derruba todas as coisas velhas que encontra.
                Ninguém quer desorganizar seu mundo. Por isso, muita gente consegue controlar essa ameaça, e são capazes de manter de pé uma casa ou uma estrutura que já está podre. São os engenheiros das coisas superadas.
                 Outras pessoas pensam exatamente o contrário, entregam-se sem pensar, esperando encontrar na pai~xão as soluções para todos os seus problemas. Colocam na outra pessoa toda a responsabilidade por sua felicidade, e toda culpa por sua possível infelicidade. Estão sempre eufóricas porque algo de maravilhoso aconteceu, ou deprimidas porque algo que não esperavam terminou destruindo tudo.
                Afastar-se da paixão, ou entregar-se cegamente a ela - qual destas duas atitudes é a menos destruidora?
                 Não sei."

"O desejo não é o que você vê, mas aquilo que você imagina."

"Existem certos sofrimentos que só podem ser esquecidos quando podemos flutuar acima de nossas dores."

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

"Par de Calças"

"Diz-se em Portugal que cada parte que cobre uma perna é uma calça. Logo, a união dessas duas partes formam um par de calças, ou simplesmente calças." -  Wikipédia

Ontem no final da tarde, estava eu pulando de canal em canal, quando paro naquele programa da Márcia, na Band. Ela disse uma frase muito sabia. (não lembro exatamente a frase).

"As mulheres não respeitam ninguém por um par de calças"

Verdade.

A mulherada aí que ler, pode criticar. É a pura verdade. A mulherada em busca de igualdade de condições com o sexo masculino, se perdeu e não consegue mais fazer o caminho inverso.

Quantos casos cada um de nós pode citar, lembrar:

* A vizinha que largou a família pra fugir com o vizinho.
*Um pai de família que abandona sua casa pela melhor amiga da esposa.
*Uma amiga de escola que rouba um namorado.
*A irmã que tem um caso com o cunhado.
*A filha que cobiça o marido da mãe e a mãe que deseja o namorado da filha.

E muitos outros.

A questão é, a mulher não respeita mais ninguém quando o assunto é homem! O que eu posso dizer sobre isso? Lamento.

Repito as palavras da apresentadora:

"Amiga, sempre se coloque do outro lado, da outra mulher, não pense que o canalha não fará o mesmo com você. Fará. Se o homem precisa ser disputado, não vale a pena.Não tem: tamanho, forma, cor de calças que mereça que você desrespeite outra mulher, por que amanhã é você que poderá estar no lugar dela."

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

♪ Dançando comigo mesma

Em uma brincadeira do Twitter, que consistia em  #twitealgomuitoantigo. Lembrei de muitas coisas, afinal já tenho praticamentequase 28 anos.

O engraçado era a percepção das pessoas, algumas com metade de minha idade achando CD coisa antiga, o que dirá do vinil?

Eu já sobrevivi a muitas evoluções e revoluções (risos). Na minha casa tinha toca discos, meu irmão pegava emprestado vinil dos amigos e gravava fitas para vender. Era a coisa mais moderna na época. Depois de anos, compramos em sociedade eu e umas amigas um CD de uma banda desconhecida por muitos Skank.

Isso sim era muito antigo.

Depois que saí  do computador, liguei o rádio (É. Eu ainda escuto rádio e gosto, é menos impessoal.)...

E estava dando uma música, uma música que é impossível ouvir e não sentir vontade de dançar, dançar sozinha e é muito antiga, alguém ai lembra?

♪ Dancing With My Self - Billy Idol ♪



Quando não tem mais ninguém à vista,
Na solitária noite cheia de pessoas,
Bem, eu esperei tanto tempo
Por minha vibração de amor
E estou dançando comigo mesmo.

♪ ♫ ♪ ♫  ♪ ♫

Então dancem comigo...

Oh, oh, oh, oh....

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Amanhã eu não sei...

"Quem não consegue te compreender e gostar de você do jeito que é, não é merecedor de tua amizade"
Junto dessa frase, veio um abraço apertado na véspera de ano novo. Uma senhora cheia de cicatrizes da vida, perdeu no ano retrasado um filho com cancêr e agora luta com outro que está no mundo das drogas. Assim a conheci. Ela é professora. Em 2008, ela enfrentava muitos problemas com o filho que já partiu, e praticamente sem tempo para fazer as lembranças de dias das mães para sua escola. Eu a ajudei, sem nenhum interesse, pintei uns cartões para ela, na época eu com uma caixa simples de 12 cores, fiz o que pude, no total de 25 cartões!

E sabem que ela nunca esqueceu disso. E toda vez que ela me encontra eu sinto a gratidão naqueles olhos, cansados da vida. Comentei com uma amiga sobre isso, que eu não entendia por que tanta gratidão por algo tão simples e essa minha amiga disse "pra você foi algo tão simples de fazer, mas você não sabe o quanto ela precisa disso naquele tempo, não somente da ajuda, mas do apoio de alguém que se importava com ela".

Foi com essa surpresa que a vi chegar de carro em minha porta. Ela sempre lembra de mim e passa pra ver como eu estou e me dar um abraço. A frase que ela disse pra mim, foi um presente, melhor de todos os que ganhei.

Eu entendi o que ela me disse.

Eu não preciso mudar pra ser aceita. Eu sou eu mesma. Já passei da fase de precisar da opinião dos outros. Tenho amizades que escolho. Falo o que penso. Julgo e sou julgada. Crítico e não aceito críticas de quem não for meu amigo. Eu amo o que eu sou hoje. Amo a minha lúcidez. Amo minhas opiniões. Ser essa metamorfose. Amada por poucos e odiadas por muitos, simplesmente por que eu não preciso me auto afirmar.

Quem soube passar por todas essas minhas incostancias, segue junto comigo o caminho.. até hoje. Amanhã eu já não sei.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

medo de sonhar...

É inevitável não sonhar. É inevitável parar de sonhar.

Em alguns momentos do meu dia me pego sonhando. Tento afastar meus pensamentos, mas já não tenho mais controle sobre minhas expectativas.

A última vez que criei fantasias que não dependiam somente de mim, foi no ano em que perdi meu pai. Era inicio de ano, eu envolvida em promessas e planos e quando vejo o personagem principal de toda a minha história parte dessa vida e me deixa com meus sonhos e minhas frustrações. A dor foi tão imensa que de dois anos pra cá, não me permiti mais sonhar até...

...até que um desejo súbito de voltar pra minha terra natal, voltar a viver com minha mãe, rever velhas amizades, olhar em olhos já distantes, eu tenho viajado em meus pensamentos até lá, todos os dias eu me pego sonhando em como vai ser tudo e estou a colocar toda as minhas esperanças nesses momentos futuros.

Hoje senti medo. Lembrei do que já aconteceu antes. Senti medo de perder minha mãe. Senti medo de não conseguir e senti medo de sonhar...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Uma conversa de telefone...

Sabe quando acontecem coisas que você não entende? Foi o dia de ontem. Eu estava um pouco surtada por uma dor de estômago e por outras coisas a mais.

Estava eu já recolhida na minha nave especial, não é espacial, é especial mesmo, (quarto) quando escuto o chato do telefone tocar, já era um pouco tarde, estava eu vendo minha adorava novela "Poder Paralelo" (o que é aquele Tony?? Momento tiete: Lindo.. lindooo!). O telefone rouco toca, toca, Saponildo atende (não existe pessoa mais antipática no telefone do que ele!)

Ele: Han, Arram, tá. O Dona Lucí, é pra ti e não sei quem é.

Eu:  Alô... (quem me incomoda na hora da novela?)
A voz: Oiiii Luuuu! (fingindo saudades!)

Eu: Oiii (com aquela voz de quem não sabe quem é a louca que me liga aquela hora da noite se achando minha amiga intima).
A voz: É a Roooo (explicando quem era por que percebeu que não foi reconhecida!)

Eu: Oiii Ro.. quanto tempo! (aquele jeito de quem quer que desligue logo, por que está sem paciência)
A voz: Oi, Lu.. liguei só pra saber como vc está e bla bla bla (tentando ser rápida e explicando os motivos que levariam ela me ligar depois de meses, somente tentando me enrolar).

Eu: Pois é.... (o tipo de coisa que se diz quando não tem assunto!)
A voz:  E aí, mora no mesmo lugar? ou já se mudou? (agora chegando no assunto que a levou a me ligar)

Eu: Sim, ainda continuo morando no mesmo lugar que vc veio da última vez. (termina logo, pô! a novela vai terminar, eu quero ver se vão salvar o Kalide)
A voz: É que alguém me falou que vc ia embora (fofoca de plantão)

Eu: Hãaa?? Quem te falou isso? (já interessada na fofoca)
A voz: Um passarinho verde... (inserindo animais para não dar nomes aos bois, ou vacas?)

Eu: Pra onde? (dando corda pra fofoqueira)
A voz: Pra Curitiba.. (chutando um lugar qualquer por que não queria se passar por mal informada!)

Eu: Então esse passarinho verde te mentiu (cortando e encerrando a fofoca...)
A voz: tu tu tu tu tu (caiu a ligação)

Caiu? Coincidência ou não...
Eu fiquei aqui pensando em tudo isso.

Eu ainda não comentei com ninguém, na verdade já foi comentado com 3 pessoas, que eu vou voltar para o RS, no final do ano. Eu me pergunto, quem contou a ela? ou ela ligou jogando uns verdes? Noticias voam, tenho que tomar cuidado até com o que eu penso!

Essas coisas só acontecem comigo e bem na hora da minha novela!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Doidas e Santas

Doidas e Santas - Martha Medeiros

Mais um livro que li no final do ano que passou. Simplesmente é um show de cultura, variedades, humor.

O livro reúne várias crônicas da autora. Ótimo. Esse eu indico.Tem para todo o tipo de gosto.

Já falei que um dos meus estilos que mais aprecio ler são as crônicas? Entre tantas crônicas fantásticas eu escolhi apenas uma para dar uma amostrinha do que eu li no livro.

Lúcifer e os Lúcidos

"Lúcido deve ser parente de Lúcifer
a faculdade de ver deve ser coisa do demônio
lucidez custa os olhos da cara."

Estou embriagada pelos novos poemas de Viviane Mosé. Esta é só uma palhinha de Pensamento chão, um livro essencial nesses tempos em que já sabemos que certos políticos nunca circulam de Rolex por aí, já sabemos que o verão vai ser sufocante e só nos resta olhar um pouco para dentro de nós, o único lugar onde ainda encontramos alguma novidade.

Essa visão inusitada que Viviane nos oferece sobre lucidez, por exemplo, é um convite para a reflexão. Em tempos insanos, de tanta gente maluca por vaidade, maluca por juventude, maluca por dinheiro, maluca por poder, os lúcidos destacam-se pela raridade. São aqueles que não inventam personagens de si mesmos, não se trapaceiam, não criam fantasias, ao contrário: se comprometem com a verdade. E se envolver assim com a transparência dos fatos requer uma integridade diabólica. Para olhar o bicho nos olhos é preciso ser bicho também. Enfrentar a verdade é quase um ato de selvageria.

Mas que verdade é essa, afinal? É aí que o demônio apresenta sua conta, pois o lúcido, tem que se confrontar com uma verdade desestabilizadora: a de que não existe verdade absoluta. Nossos pensamentos não estacionam, nossos desejos variam, o certo e o errado flertam um com o outro, não há permanência, tudo é provisório, e buscar um porto seguro é antecipar o fim: a única segurança está na morte, será ela nosso único endereço definitivo. Durante o percurso da vida, tudo é movimento, surpresa e sorte.

O lúcido faz parte do time - cada vez mais desfalcado- dos que se desesperam como todo mundo, porém de um modo mais íntimo e refinado. O lúcido organiza sua loucura, acondiciona o que está solto no ar, interliga várias ideias independentes para que, agarradas umas nas outras, não se dispersem, estejam ao alcance da mente. Quanto mais o lúcido pensa, mais percebe que a lucidez plena não existe, o que existe são suposições, algumas até coerentes, e que nos mantêm no eixo. Lúcido é aquele que sabe que lucidez é uma falácia*, e não pira com isso. Recebe a conta das mãos do demônio, calcula os ganhos e os prejuízos, e paga. Custa sim, Viviane, os olhos da cara, esse vício de pensar e repensar, pensar e compensar, pensar, pensar pensar e morrer do mesmo jeito. Por isso achei tão interessante seu poema. Você matou a charada: Lúcifer é uma espécie de padroeiro dos lúcidos - e lúcido é só um outro nome para louco. O louco que tem a cabeça no lugar demais.

Martha Medeiros - 14 de outubro de 2007

*Falácia: Daquele que é falaz- enganador, fraudulento, ilusório.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

História de Pedro e Alice...

Poderia ser a minha história? Sim poderia.
Poderia ser a tua história? Talvez.

Quem nunca passou por uma situação assim, apaixonar-se ou no mínimo sentir um encatamento por um total estranho que conheceu através dessa tela que nos separa? Que atire a primeira tecla e de um enter!

Essa é a história de Alice e Pedro.
E como o autor ontem mesmo me disse "tudo isso só vai ter sentido se for divulgado em massa".

Querem acompanhar tudo? Como tudo começou?
A única coisa que posso dizer que cada de um de nós identifica-se com alguma parte disso tudo.





Meninas reparem nesses olhos, Alice tem sorte ou não?

Quem gostar, pode ajudar a divulgar. História real .É ímpossível não se encantar com tudo!

Fragmento do texto: eu não te pedirei em casamento
Você dormiu todos esses anos e eu aprendi sobre ti até sobre o tamanho dos dedos. Eu te conheço Alice. Nós nos conhecemos e nos equilibramos. E aqui do outro lado do lago, eu olho pra você e e você olha pro lado sempre agindo da mesma maneira. E dessa vez eu pensei que seria diferente. Aqui do outro lado do lago eu durmo escrevendo sobre você e sei que com essa intensidade toda guardada no meio do peito, no vento que te invade as pernas, você não gosta dessa distância toda. Mas porque você não diminui de tamanho, sobe numa folha e voa pra esse lado? Porque não faz um sutil movimento pra diminui-la?
Mais do texto e de tudo o que você se interessou *AQUI*