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domingo, 14 de janeiro de 2018

vamos jogar?

Ainda não dormi totalmente😕

Eu sei que vou pro inferno...
Isso me faz lembrar de uma música do Capital Inicial "...eu não vou pro inferno/eu não iria tão longe por você..."

Cedo resolvi sair e ver o dia nascer na beira rio. Aquele banco da pracinha da alfandega me da paz... olhar o horizonte limpa a alma, meu humor esta acido...perdi a conta do tempo ali... é como esvaziar a mente. É lindo...ficaria ali a manhã toda... com a brisa e a sombra fresca daquela árvore.

Não tinha planejado encontrar ninguém. Não to propensa a conversas, mas meu inconsciente anda querendo aplicar peças a mim.

Se eu tivesse pensado um pouquinho..eu sabia que ele iria passar por ali naquele horario, fica a caminho do restaurante. Mora ali pertinho... se eu tivesse planejado não seria tão certeiro, na hora em que eu vi... tinha a vontade de sair correndo,quem acreditaria em infeliz coincidencia?

Ele ja havia me visto. Com aquele sorriso largo no rosto veio ao meu encontro e sentou ao meu lado.  A pergunta que não queria calar era o que eu fazia ali tão cedo, expliquei.. toda a situação, pareceu uma história bem convincente. Ele me chama para um café... mas uma vez eu não tinha me dado conta o quanto eu estava perto do restaurante... pq a minha intençao ao sair de casa era outra.

A gente caminhou ate la. Aceitei o café..mesmo não apreciando a bebida.. eu sentia que eu precisava. Conversa vai.. conversa vem. Entre as perguntas sobre como vai a vida. Eu desabei e chorei.. por isso não ando afim de conversar, estou altamente explosiva e emotiva.

Ele me abraçou e me acolheu.

Por uma dessas sempre apreciei homens mais altos que eu. O encaixe do abraço o encostar preciso da cabeça ao peito.. o ouvir do coração batendo e os braços envolvendo o corpo perfeitamente.

Eu podia ficar uma eternidade ali. Acolhida. Aquecida.

E...

Pensamentos impróprios me invadiram. Eu queria mais, testar as resistências. A conquista. A sedução. Jogar a isca.

Estava tudo no ar quando nossos olhos se cruzaram. O constrangimento... e a conversa que estava engasgada a tantos anos.

Não..ele não é..e nem nunca foi um cafageste. Garanti com minhas palavras. Em momento algum daquele tempo eu senti que ele tivesse se aproveitando da situação e eu também não era nenhuma vagabunda como eu achava que fui... que apenas fui uma "mulher que explora seus desejos sexuais" como ele relata.

O café terminou. Enfim a conversa sobre o passado resolvida. O pessoal começa a chegar pra trabalhar. Ele precisa ir também.

Senti meu corpo pesar, reflexos lentos. Não teria condições de ir sozinha pra casa, o sono estava me pegando. Ele me oferece o apartamento dele pra eu dormir... que fica ali perto..me da as chaves.

Olhei tudo com muita curiosidade, tudo muito limpo e organizado. Deitei na cama. Sim... deitei.. invadi a intimidade dele, afinal foi a cama dele uma das mais gostosas que ja dormi.

E continua a ser uma cama gostosa,limpa...lençol bem esticado..como eu gosto.

Adormeci. Depois de 2 hrs eu acordei.
Deixei um bilhete agradecendo.
Vim pra casa.

A tarde adormeci meia hora no sofá... vendo uma série.. e estou sem sinal de que irei dormir.
Fiz um cha calmante.

A pouco recebi uma mensagem. O convite não era para um café, é para almoço.

Procuro por complicações.
Não migrei de compulsão, apenas o objeto de desejo.

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