Sabe por quanto tempo eu esperei por aqueles e-mails?
Tempo demais.
Anos demais.
Fizeram parte dos meus sonhos pertubados.
Desejei tanto e por inúmeras vezes imaginei e ensaiei a minha reação.
Essa semana estava colocando roupa na máquina pensei nisso e logo afastei a ideia "afinal ele jamais ia lembrar de mim".
Ontem eu dividida entre o sofá, cozinha e fazendo o almoço escuto meu celular vibrar. Não dei atenção, seja o que fosse poderia esperar. Quando fui olhar minha caixa de entrada, fiquei surpresa de quem era, mas diferente do que imaginava, meu coração não disparou.
Percebi que algo morreu dentro de mim
Ele morreu dentro de mim.
Fiquei anestesiada.
Pensei em ignorar. E conseguiria.
Aí lembrei todas as vezes que fui ignorada por ele e em como eu me sentia. A incerteza que ele leria. A ilusão. A falsa esperança. A certeza de que ele sabia como me achar e nunca me mandou um "me desculpe" ou "eu não posso".
Eu entenderia.
Lamentei a morte de um sentimento.
A verdade que ele nunca saberá é que estou morta por dentro. Não sinto nada por ninguém, nem por nada. Que faz parte da depressão. Que quero me isolar e não estou afim de nada.
A unica coisa que espero é não piorar. Eu sentia sinal de melhoras. De esperança.
Não quero problemas.
Não estou bem para isso é e nem para nada.
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