Hoje lembrei do meu pai, senti uma dorzinha la no fundo do peito. Lembrar dele não seria nenhuma novidade se isso agora acontecesse com maior raridade. Levantei cedo, o dia estava pedindo, sol e calor. Coloquei roupa na máquina. Aqueci água para um café. Dois momentos raros, acordar cedo e tomar café. Enquanto tomava café observava o sol que entrava pela porta da cozinha. Que dia lindo! Lígia ainda dormia, um raro momento de intimidade comigo mesma.
Lembrei dele, em meio a degustação daquele café mais frio do que quente. Lembrei do sorriso, o sorriso dela sempre me lembra a ele. Pensei, pensei em tudo o que aconteceu, deu saudades, mas uma saudade de quem já se acostumou a sentir e sabe que não tem jeito.
Infelizmente de perfeito ele não tinha nada, mas e quem é...?