Saponildo chega em casa contando que reencontrou fulano "N" e que voltaram a trabalhar juntos, não me recordo quantas vezes vi esse sujeito, no máximo umas 3.. lembro que ele era feio e baixinho, falante e que na época a esposa dele estava grávida, eles mudaram de cidade, mas que Saponildo e ele eram bem parceiros, na verdade Saponildo, tinha um afeto de irmão por ele, por ainda ser um garotão, aprendiz e bem imaturo.
Segundo Saponildo, agora ele mudou, é pai de família e toma banho, só não faz a barba, engordou, está parecendo um barril, mas amadureceu. Saponildo conta que durante a hora do almoço um ficou mostrando as fotos das filhas, um para o outro.
"Nossa! O "N" disse que a Lígia é linda, é tua cara... não tem nada de mim!".
Calei-me. Sorri, feliz e com o ego bem massageando.
Outro dia, a mesma histórinha... eles falando de filho na hora do almoço e..
"Nossa! O "N" disse que a Lígia é tua cara, só os olhos que não são os teus!".
Não calei-me.
"Ele acha a Lígia linda?
Sim.. ela é linda.
E ela é minha cara? Então por tabela também sou linda e ele me acha linda!
Sim, você também é linda...
E tu não acha estranho, um camarada teu, que viu tua mulher umas 3 vezes na vida, depois de 7 anos, lembrar dos olhos dela ao ponto de afirmar que a filha dela é igual a ela, mas com outros olhos?"
Ahhh soltei a pulguinha atras da orelha dele. Não ta merecendo!
Ficou bem pensativo! Mas pelo menos depois dessa não chegou mais em casa dizendo bobagens! Estranhamente o nome "N" eu nunca mais ouvi por aqui!
Um comentário:
E assim que se acabam as amizades. Crueldade com elegância. Gostei.
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