EU a vi, deitada e pálida, com os olhos longes como quem não deseja estar ali, as crianças corriam e brincavam ao redor dela e ela ali, caidinha.. apoiando a cabeça no "neném" .. sua companheira boneca de pano.
EU a olhava nos olhos, horas mais tarde, em uma emergência, enquanto um enfermeiro paciente procurava encontrar uma pequena e singela veia em seu braço.
EU que esperei por mais de uma hora, segurando sua mãozinha enquanto o soro pingava. Uma hora que pareceu uma eternidade. E ela dormiu assim, como um anjo, me olhando e segurando minha mão, sem entender nada, mas entendendo que não devia se mexer.
Assim como daquela vez, que junto chorei enquanto o médico fazia os pontos em sua testa em que ela gritava pela "mamãe".
EU...
E por EU, que por mais que o coração se despedace, mas sou EU que sou forte para dar o remédio, para dizer os nãos necessários.
E por ser EU, que a vi assim por tantas vezes.. que sou assim.
A vida não é como uma Coca gelada... e ela precisa saber disso.
Ass: "A General"...
Um comentário:
Todos precisão de um general vez ou outra. Me lembro da Sandra. Uma funcionária da biblioteca do IFCE que dizia que era a general da casa e cuidava das crianças. Os filhos e o marido... Pro algum motivo as crianças tendem a gostar de mim, mesmo eu não gostando delas. Admiro quem tem paciência. Mas a minha só vem com as que tem meu sangue...
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