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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Sem perder a ternura...

 EU a vi, deitada e pálida, com os olhos longes como quem não deseja estar ali, as crianças corriam e brincavam ao redor dela e ela ali, caidinha.. apoiando a cabeça no "neném" .. sua companheira boneca de pano.
 
EU a olhava nos olhos, horas mais tarde, em uma emergência, enquanto um enfermeiro paciente procurava encontrar uma pequena e singela veia em seu braço.
 
EU que esperei por mais de uma hora, segurando sua mãozinha enquanto o soro pingava. Uma hora que pareceu uma eternidade. E ela dormiu assim, como um anjo, me olhando e segurando minha mão, sem entender nada, mas entendendo que não devia se mexer.
 
Assim como daquela vez, que junto chorei enquanto o médico fazia os pontos em sua testa em que ela gritava pela "mamãe".
 
EU...
 
E por EU, que por mais que o coração se despedace, mas sou EU que sou forte para dar o remédio, para dizer os nãos necessários.
 
E por ser EU, que a vi assim por tantas vezes.. que sou assim.
 
A vida não é como uma Coca gelada... e ela precisa saber disso.

Ass: "A General"...

Um comentário:

Asas Negras disse...

Todos precisão de um general vez ou outra. Me lembro da Sandra. Uma funcionária da biblioteca do IFCE que dizia que era a general da casa e cuidava das crianças. Os filhos e o marido... Pro algum motivo as crianças tendem a gostar de mim, mesmo eu não gostando delas. Admiro quem tem paciência. Mas a minha só vem com as que tem meu sangue...