As coisas não andam bem dentro da minha "casa de boneca" e em "meu conto de fadas", o "príncipe" que sempre foi "sapo" anda de mau com a "princesa". Resumindo é como se eu sentisse uma nuvem negra em cima da cabeça o tempo todo. Os dias que já eram longos estão mais longos ainda. Resta-me esperar a tempestade passar. Depende de mim fazer o sol brilhar, mas não estou disposta a esquecer as coisas.
O que eu faço para passar o tempo mais rápido? Assisto TV. Deito na cama e fico olhando para TV com olhos vagos, sem procurar por nada em específico, apenas por qualquer coisa que me acorde, que chame minha atenção, que provoque qualquer tipo de reação. Eu sempre encontro assuntos assim.
Estava vendo um jornal, o assunto era sobre violência doméstica, em que a criança dava um depoimento dizendo que nunca tinha contado pra ninguém sobre as agressões por que tinha medo e o mesmo acontecia com sua mãe que também tinha medo do agressor: o próprio pai.
Eu em meus pensamentos, fiquei indignada como sempre, revoltada com elas. Medo? Eu sempre com aquele discurso interno de "Mulher Maravilha". Tudo posso, tudo faço. Hoje em dia. Simplesmente eu me irritei com o assunto. Coloquei-me no lugar delas e já disse pra eu mesma "imagina se eu teria medo, já teria matado um tipo desses!".
Bom, hoje ao acordar me veio lembranças não muito boas. Eu também já tive medo. Quem era eu pra julgar o medo de alguém? Ainda mais o medo de uma criança. Já no caso da mãe, bom eu não posso julgar, nunca passei por situação semelhante, só sei que se alguém encostar um chinelo no Cascão eu viro bicho.
Lembrei da minha infância. Em que minha mãe me batia todos os dias e como se isso não fosse suficiente ela permitia que meu irmão já um homem fizesse isso também. Onde entra o medo? Meu pai sempre foi contra a violência para educar, então se eu contasse pra ele, que eles me batiam no outro dia eu apanhava em dobro e ficava o dia todo trancada no banheiro. Eu também já tive medo. Na verdade eu apanhava em silêncio, muitas vezes sem entender o por que da agressão. Minha mãe é uma mulher pequena, não tinha força. Meu irmão é um homem enorme e não foi pouca as vezes que eu andei semanas somente de calça para esconder os hematomas de minhas pernas e aí de mim que mostrasse isso para meu pai.
Eu já tive medo também. Mas isso me fez amadurecer e depois que aprendi a me defender, nunca mais ninguém encostou as mãos em mim. Aí de quem ousar fazer, por que eu jamais me calaria diante da situação.
O que eu faço para passar o tempo mais rápido? Assisto TV. Deito na cama e fico olhando para TV com olhos vagos, sem procurar por nada em específico, apenas por qualquer coisa que me acorde, que chame minha atenção, que provoque qualquer tipo de reação. Eu sempre encontro assuntos assim.
Estava vendo um jornal, o assunto era sobre violência doméstica, em que a criança dava um depoimento dizendo que nunca tinha contado pra ninguém sobre as agressões por que tinha medo e o mesmo acontecia com sua mãe que também tinha medo do agressor: o próprio pai.
Eu em meus pensamentos, fiquei indignada como sempre, revoltada com elas. Medo? Eu sempre com aquele discurso interno de "Mulher Maravilha". Tudo posso, tudo faço. Hoje em dia. Simplesmente eu me irritei com o assunto. Coloquei-me no lugar delas e já disse pra eu mesma "imagina se eu teria medo, já teria matado um tipo desses!".
Bom, hoje ao acordar me veio lembranças não muito boas. Eu também já tive medo. Quem era eu pra julgar o medo de alguém? Ainda mais o medo de uma criança. Já no caso da mãe, bom eu não posso julgar, nunca passei por situação semelhante, só sei que se alguém encostar um chinelo no Cascão eu viro bicho.
Lembrei da minha infância. Em que minha mãe me batia todos os dias e como se isso não fosse suficiente ela permitia que meu irmão já um homem fizesse isso também. Onde entra o medo? Meu pai sempre foi contra a violência para educar, então se eu contasse pra ele, que eles me batiam no outro dia eu apanhava em dobro e ficava o dia todo trancada no banheiro. Eu também já tive medo. Na verdade eu apanhava em silêncio, muitas vezes sem entender o por que da agressão. Minha mãe é uma mulher pequena, não tinha força. Meu irmão é um homem enorme e não foi pouca as vezes que eu andei semanas somente de calça para esconder os hematomas de minhas pernas e aí de mim que mostrasse isso para meu pai.
Eu já tive medo também. Mas isso me fez amadurecer e depois que aprendi a me defender, nunca mais ninguém encostou as mãos em mim. Aí de quem ousar fazer, por que eu jamais me calaria diante da situação.
3 comentários:
=(
Essas coisas ficam marcadas na gente, não dá pra passar borracha...mas o importante é que você aprendeu e hoje em dia não permite que te façam nada parecido!
Tem que ser assim!
Seria fundamental se todas nós, mulheres, não permitíssemos nenhum tipo de violência, mas isso,infelizmente , não existe para todas!
Bjos!
;**
o medo existe, o saber enfrenta-lo tambem. É só saber escolher.
Ou viva no medo ou enfrente, a opção é nossa.
enfrentar é mais fácil que viver no medo.
ótimo teu post.
Maurizio
Essa sensação de que os dias estão longos é complicado, eu estou me sentindo assim e o pior não tenho TV por assinatura, e na TV aberta não tem nada que me prende, então passo o dia inteiro em frente ao computador, porém o tempo não passa !!!
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