Durante a semana...
Era final de tarde, passando no cruzamento de sempre, horário de pico... todo mundo sabe que ali precisa-se uma sinaleira, mas não tem, como também não se tem previsão de ter uma e a necessidade sempre existiu, mesmo assim insistem em colocar uma faixa de pedestres ali, como manda o manual e também vagas de estacionamentos para todos os lados e um cruzamento para todos os sentidos, horários e anti-horários e se os carros pudessem voar, com certeza também seria permitido. Resultado: um caos para atravessar ou virar para qualquer lado, e um mal necessário a ser encarado para ter acesso a alguns lugares que frequento.
E naquele, agora vai.. agora não vai. Vai dar para passar, não vai. Que vença o melhor, o mais corajoso, eu distraída olhava para o outro lado da rua, nem lembro o que pensava, sou "acordada", com uma conversa vindo do meu lado, de inicio achei que Saponildo estava dando alguma informação aquele senhor de bicicleta que quase pulava pra dentro da janela, mas não..foi só me inteirar da conversa que entendi..
"Vai, pula por cima!"
(Saponildo fazia gestos com o braço e dedo, entre outros xingamentos pesados).
Virei a cara pro lado, morta de vergonha, o carro atrás já buzinava... Lígia só de butuca na discussão..
"Pelo amor de Deus, você estava errado e ainda discutindo com ele, você estava em cima da faixa de pedestres".
O senhorzinho, atravessa a frente xingando e continua o caminho dele de bicicleta...
Uma voz curiosa veio de tras..
"Papai, papai!? Por que o titio não quis pular?
(....longas gargalhadas!)